07 de maio, 2025

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China e EUA anunciam encontro na Suíça em meio à guerra comercial

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Os governos dos Estados Unidos e da China anunciaram nesta terça-feira (6) que terão um encontro em Genebra, na Suíça, no fim desta semana. A previsão é que a reunião ocorra no sábado (10), segundo a agência de notícias Reuters.

A conversa marca o início das negociações sobre a guerra comercial entre os dois países. Ao longo das últimas semanas, os EUA anunciaram taxas de até 145% sobre produtos importados da China, em uma guerra tarifária promovida pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

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Pequim respondeu com alíquotas de até 125% sobre a importação de itens norte-americanos, em uma escalada de taxas, até então, sem sinais de recuo.

Em comunicado oficial, o governo dos EUA informou que o secretário do Tesouro do país, Scott Bessent, e o representante de Comércio, Jamieson Greer, vão viajar para a Suíça na quinta-feira (8), onde vão se encontrar com o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng.

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Também em comunicado, o Ministério do Comércio chinês afirmou que Lifeng irá para a capital suíça na sexta-feira. A pasta confirmou o encontro com Bessent.

Lifeng, considerado o principal responsável pela economia da China, ficará na Suíça entre sexta e segunda-feira (12).

“Com base na plena consideração das expectativas globais, dos interesses da China e dos apelos da indústria e dos consumidores dos EUA, a China decidiu retomar o diálogo com os EUA”, informou, em comunicado, o gigante asiático.

“Há um velho ditado chinês: ‘Ouça o que se diz e observe o que se faz’. Se os EUA disserem uma coisa e fizerem outra, ou tentarem usar as conversas como disfarce para continuar com coerção e chantagem, a China jamais aceitará”, acrescentou.

Reunião entre EUA e Suíça

Conforme o governo americano, os dois representantes do país vão se encontrar também com a presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, para negociações sobre comércio recíproco.

“Estou ansioso por conversas produtivas enquanto trabalhamos para reequilibrar o sistema econômico internacional, de forma a melhor atender aos interesses dos EUA”, disse Bessent em um comunicado.

O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês) informou que Greer também se reunirá com a missão da agência junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra.

“Por determinação do presidente Trump, estou negociando com países para reequilibrar nossas relações comerciais, alcançar reciprocidade, abrir novos mercados e proteger a segurança econômica e nacional dos EUA”, disse Greer.

“Estou ansioso para ter reuniões produtivas com alguns de meus colegas, bem como visitar minha equipe em Genebra, que trabalha diligentemente para promover os interesses dos EUA em diversas questões multilaterais.”

Déficit comercial recorde

As medidas tarifárias de Trump, que ele afirma serem usadas para reduzir o déficit comercial dos EUA, têm causado o efeito oposto até agora.

O Departamento de Comércio dos EUA informou nesta terça-feira (6) que o déficit comercial do país atingiu um recorde em março, com empresas antecipando importações antes das tarifas. Os dados comerciais destacaram uma dinâmica que contribuiu para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025 — o primeiro declínio em três anos.

Em particular, a tentativa das farmacêuticas de evitar as tarifas anunciadas por Trump para o setor levou a um aumento recorde nas importações de medicamentos. O déficit comercial dos EUA com a China caiu acentuadamente, já que as tarifas punitivas impostas por Trump reduziram significativamente as importações chinesas.

Trump e seus principais assessores intensificaram as reuniões com parceiros comerciais desde que o presidente anunciou, em 2 de abril, uma tarifa de 10% para a maioria dos países.

Além disso, tarifas ainda maiores estão previstas para entrar em vigor em 9 de julho, a menos que acordos bilaterais sejam firmados. Trump também impôs tarifas de 25% sobre automóveis, aço e alumínio, 25% sobre produtos do Canadá e do México, e 145% sobre produtos da China.

A China respondeu aumentando suas tarifas sobre produtos norte-americanos para 125%, embora tenha oferecido algumas isenções.

Um alto funcionário da União Europeia afirmou nesta terça-feira que o bloco de 27 países está preparando contramedidas caso não se chegue a um acordo comercial com Washington. Ele acrescentou que outros países também têm buscado estreitar laços comerciais com a UE.

Fonte: G1

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