27 de dezembro, 2024

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Cheiro de “cecê” pode ser mais atraente aos mosquitos do que se pensava

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Em estudo publicado na revista científica Current Biology, um grupo de pesquisadores descobriu que o odor corporal (vulgo cecê) pode ser muito mais atraente aos mosquitos do que se acreditava antes, representando um papel fundamental em tornar algumas pessoas mais sucetíveis às picadas do que outras.

Foto: jcomp/Freepik / Canaltech

A ideia do estudo é contribuir para o desenvolvimento de estratégias de controle de mosquitos mais eficazes, levando a uma melhor prevenção de doenças transmitidas por eles. No experimento, os cientistas compararam o calor, o odor corporal e a liberação de gás carbônico na respiração humana como iscas para atrair mosquitos.

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Eles descobriram que um dos participantes tinha uma composição de odor corporal completamente diferente dos outros e evitou consistentemente a atenção do mosquito. Ainda não ficou claro exatamente que aspecto das secreções da pele, metabólitos microbianos ou emissões respiratórias realmente causaram isso, mas a ideia é justamente descobrir a partir de mais pesquisas.

De qualquer forma, a equipe identificou diferentes misturas dos mesmos 40 produtos químicos no odor de todos os seis humanos. A mistura de cada pessoa pode ser afetada pela dieta (rica em cebola, pimenta e alho), doenças como diabetes, secreções da pele, hormônios, colonização por micróbios e emissões respiratórias, entre outros fatores.

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Para os mosquitos, alguns humanos são mais atraentes para outros, e ao identificar essas pessoas, o grupo espera isolar e estudar os compostos no odor corporal.

Mosquitos preferem algumas pessoas do que outras?

O odor corporal pode ser mais atraente aos mosquitos do que se pensava (Imagem: Twenty20photos/Envato)
O odor corporal pode ser mais atraente aos mosquitos do que se pensava (Imagem: Twenty20photos/Envato)Foto: Canaltech

Anteriormente, pesquisadores descobriram que mosquitos dão preferência a tons avermelhados na hora de procurar sangue humano para beber. Para isso, usam sensores de dióxido de carbono, que conseguem identificar a até 30 metros de distância.

Em outra pesquisa, cientistas descobriram que, enquanto a maioria dos animais tem um conjunto específico de neurônios que detectam cada tipo de odor, o mosquito pode captar cheiros por várias vias diferentes. É por isso que, em alguns casos, ele volta mesmo quando se passa repelente.

Bromidrose

Quando o suor vem acompanhado de um cheiro desagradável, é provável que o indivíduo sofra de bromidrose. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o odor intenso que essa sudorese provoca não é grave, mas atrapalha a qualidade de vida da pessoa por ser motivo de constante desagrado a quem a rodeia. Os principais pontos de odor intenso são as axilas e as virilhas, regiões de dobra ricas em glândulas sudoríparas e calor.

E existe tratamento: o médico dermatologista, após ser consultado, irá avaliar se o caso tem a ver com bactérias que colonizam essas áreas. Assim, ele pode prescrever remédios como antibióticos tópicos e, por vezes, terapias mais longas para alterar a característica do suor do paciente, a fim de solucionar o problema.

Fonte: Terra

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