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Os chefes de Estado-Maior dos Estados Unidos e da Rússia se reuniram em Helsinque nesta quarta-feira (22) pela primeira vez em vinte meses, em um momento em que Washington busca apoio para continuar monitorando o ressurgimento da Al-Qaeda no Afeganistão.
O encontro entre Mark Milley e Valery Gerasimov, o primeiro desde dezembro de 2019, serviu para “dar continuidade às discussões destinadas a melhorar a comunicação entre os comandantes militares dos dois países para reduzir o risco e o conflito”, disse o porta-voz do Estado-Maior americano, Coronel Dave Butler.
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Butler não especificou o conteúdo das negociações, embora elas ocorram no momento que os militares dos EUA tentam estabelecer bases em países que fazem fronteira com o Afeganistão para monitorar os movimentos de grupos extremistas por medo de que possam estar planejando ataques contra os interesses norte-americanos.
Quando anunciou a retirada total das forças-armadas do Afeganistão, o presidente Joe Biden garantiu que Washington manteria a “capacidade” de evitar o ressurgimento da Al-Qaeda ou do grupo Estado Islâmico.
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Os Estados Unidos, que no início do século tinham bases militares em vários países vizinhos, como Uzbequistão, Tadjiquistão e Quirguistão, para realizar operações no Afeganistão, país sem litoral que faz fronteira com seis estados, não tem mais presença em países da Ásia Central.
Moscou, que considera a Ásia Central como seu território, tem bases militares nessa área.
Enquanto Washington tem bases no Golfo, está muito longe do Afeganistão para realizar voos regulares de drones.
Os Estados Unidos interviram militarmente no Afeganistão à frente de uma coalizão internacional para derrubar o regime do Talibã, que protegia a Al-Qaeda, depois que o grupo jihadista assumiu a responsabilidade pelos ataques do 11 de setembro de 2001, em solo americano.
As forças estrangeiras evacuaram com urgência mais de 120.000 civis do Afeganistão depois que o Talibã voltou ao poder em 15 de agosto.
Fonte: Yahoo!