23 abril, 2024
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O general Mark Milley, maior autoridade militar dos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira (18) que nenhum estudo da inteligência americana indicava que forças armadas e o governo afegão entrariam em colapso em 11 dias.
“Não houve nada que eu ou qualquer outra pessoa tenha visto que indicasse o colapso deste exército e deste governo em 11 dias”, disse Milley, chefe do Estado Maior dos EUA
Ele também afirmou, em entrevista coletiva no Pentágono, que a inteligência “indicou claramente que vários cenários eram possíveis”. Entre eles, uma tomada do Talibã após um rápido colapso das forças de segurança afegãs e do governo, uma guerra civil ou até mesmo um acordo negociado.
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O grupo extremista Talibã tomou a capital do Afeganistão e voltou ao poder depois de 20 anos. O presidente fugiu de Cabul, e o palácio presidencial foi tomado no domingo (15).
O porta-voz do Talibã, Mohammad Naeem, afirmou à rede de televisão Al Jazeera que “alcançamos o que buscávamos, que é a liberdade do nosso país e a independência do nosso povo”.
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“Pedimos a todos os países e entidades que se reúnam conosco para resolver quaisquer questões”, disse Naeem. “Não achamos que as forças estrangeiras irão repetir sua experiência fracassada no Afeganistão mais uma vez.”
Os EUA atacaram o Afeganistão em 2001, em reação ao atentado do 11 de Setembro, e tirou o grupo extremista do poder. O Talibã foi acusado pelos americanos de esconder e financiar membros da Al-Qaeda, grupo terrorista comandado por Osama bin Laden e responsável pelo atentado.
Em fevereiro de 2020, o então presidente americano, Donald Trump, assinou acordo de paz com o Talibã que previa a retirada total das tropas do país até abril deste ano.
O atual presidente dos EUA, Joe Biden, manteve o acordo e adiou a saída completa para o fim deste mês.
A maior parte das forças lideradas pelos EUA deixaram o Afeganistão em julho, e o Talibã se aproveitou da retirada e avançou rapidamente pelo país, conquistando diversas capitais de províncias desde o início do mês.
A queda de Cabul ocorreu muito antes do previsto pelos EUA. Segundo a Reuters, a estimativa dos serviços de inteligência americanos era a de que o Talibã chegasse a Cabul em setembro, com uma possível tomada do poder em novembro.
Fonte: Yahoo!
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