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O começo de 2022 marca também o início de uma nova era para a Fórmula 1. Na temporada que se iniciará em março, será introduzido o novo carro conforme o novo regulamento técnico da categoria. Para desenvolvê-lo, porém, as equipes que não protagonizaram a briga pelo título em 2021 podem ter tido vantagem; é o que acredita Toto Wolff, chefe da Mercedes, octacampeã de construtores.
– Operamos com o mesmo teto orçamentário e conceitos muito novos, conforme os quais equipes tinham um pouco mais de permissão para trabalhar de acordo com sua classificação no campeonato. Portanto, é bem possível que os times que não brigaram pelo título esse ano, seja Ferrari, McLaren, Aston Martin ou Alpine, possam criar conceitos inteligentes e fazer tudo certo – opinou o austríaco.
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Enquanto Mercedes e RBR batalhavam pelo título, Ferrari e McLaren protagonizavam uma briga própria pelo posto de terceira força da F1, com a escuderia saindo na frente e terminando 2021 em terceiro lugar.
Abaixo delas, Alpine e AlphaTauri também disputaram acirradamente o último posto entre as cinco primeiras, mas a vitória de Esteban Ocon e o pódio de Fernando Alonso em 2021 ajudaram a equipe francesa.
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Na busca por uma pontuação consistente, Aston Martin, Williams e Alfa Romeo ocuparam as posições seguintes, tendo a Haas zerada, no último lugar da tabela.
O regulamento técnico que entra em vigor em 2022 deveria ter se firmado em 2021, mas foram adiados em 2020 devido à pandemia do coronavírus. Algumas, porém, já passaram a valer desde a temporada passada, como o teto orçamentário de US$ 145 milhões (cerca de R$ 800 milhões).https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Em 2021, passou a valer a regra que dá mais tempo de testes nos túneis de vento e desenvolvimento aerodinâmico para as equipes com as piores posições no campeonato anterior; assim, a Haas, última colocada, receberia mais oportunidades de trabalho do que a campeã Mercedes, por exemplo.
– Podemos esperar uma briga muito mais acirrada por vitórias e títulos do que antes, e isso é emocionante – previu Wolff.
Com exceção da Ferrari, que já se disse otimista para a temporada de 2022, as equipes pouco falam sobre o trabalho no carro novo, que terá uma asa dianteira maior e integrada com os pratos laterais, calotas nas rodas e aletas cobrindo os pneus, além de refazer completamente o design da asa traseira.
Uma das novidades do regulamento novo é a volta do conceito de efeito-solo, no qual a maior parte da pressão aerodinâmica é gerada pelo assoalho do carro, e não pelas asas e demais apêndices. A expectativa é que os monopostos andem mais próximos, sobretudo nas curvas, e que hajam mais disputas.
New year. New Me-rcedes. ?? pic.twitter.com/y9SIEKaFhY
— Mercedes-AMG PETRONAS F1 Team (@MercedesAMGF1) January 1, 2022
Chefe da RBR, Christian Horner dirigiu a equipe numa disputa intensa contra a Mercedes na F1 em 2021. O britânico nega que o time tenha deixado de dar atenção para o desenvolvimento do carro de 2022, apesar da dedicação na briga pelo título:
– Tenho certeza de que cada equipe fez o que achava certo, mas é aí que nossa equipe se destaca, porque desenvolver o carro conforme os novos regulamentos e manter o foco no carro deste ano exigiu um esforço monumental de todos. Só veremos a realidade quando voltarmos em alguns meses, com carros completamente novos. Eles parecem diferentes, mas quem está certo, quem está errado? Tudo começa de novo.
A Fórmula 1 retornará em 20 de março, com o GP do Bahrein, abertura do campeonato. Antes, os pilotos conhecerão os novos carros nos testes de pré-temporada, em fevereiro.
Fonte: G1