26 de julho, 2024

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Cepa mortal da gripe aviária H5N1 causa morte de primeiros pinguins na Antártica

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Pelo menos um pinguim-rei morreu de gripe aviária na Antártida – a primeira espécie de pinguins morta pelo vírus H5N1, altamente contagioso, na natureza. Pesquisadores já haviam alertado sobre “um dos maiores desastres ecológicos dos tempos modernos” se a gripe aviária atingisse populações remotas de pinguins da Antártida. As aves estão atualmente agrupadas para a época de reprodução, o que significa que a doença pode afetar colônias inteiras se continuar a espalhar-se pela região.

Os pinguins-rei são o segundo maior pinguim do mundo, com cerca de um metro de altura, e podem viver por mais de 20 anos. O caso suspeito foi registrado na ilha Geórgia do Sul, na região Antártica, de acordo com a última atualização do Comitê Científico de Pesquisa Antártica (Scar). Suspeita-se também que um pinguim-gentoo morreu de H5N1 no mesmo local, segundo o Guardian.

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Separadamente, foi confirmado que pelo menos um pinguim-gentoo morreu devido ao H5N1 nas Ilhas Falkland – 1.500 km a oeste da Geórgia do Sul – com mais de 20 crias mortas ou também apresentando sintomas. Desde que o H5N1 chegou à Antártica, houve mortes em massa de elefantes marinhos, bem como um aumento de mortes de focas, gaivotas, entre outros animais na região.

Pinguins-gentoo na Antártida (Foto: Tomás Munita/Greenpeace)

Surtos anteriores na África do Sul, Chile e Argentina mostram que os pinguins são suscetíveis à doença. Desde que chegou à América do Sul, mais de 500.000 aves marinhas morreram por causa da doença, com pinguins, pelicanos e atobás entre os mais afetados.

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Até o momento, não há casos registrados no continente antártico, apenas nas ilhas, de acordo com dados do mapeamento Scar. Mas isso pode ocorrer porque há poucas pessoas presentes para registrar possíveis mortes. A gripe aviária aumenta as pressões já enfrentadas nestes ecossistemas polares – um estudo realizado em 2018 alertou que a crise climática e a sobrepesca poderiam fazer os pinguins-reis da Antártica desaparecer até ao final do século.

O H5N1 também está destruindo populações de animais selvagens no Ártico, no outro extremo do planeta. Em dezembro, foi confirmado que pela primeira vez um urso polar morreu por conta da doença. Tal como acontece com os pinguins, é possível que mais ursos tenham morrido despercebidos, pois estes animais tendem a viver em locais remotos e com poucas pessoas.

Fonte: Um Só Planeta

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