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As três centrais sindicais da Argentina se manifestaram, nesta terça-feira, em Buenos Aires, contra as políticas econômicas do governo de Mauricio Macri e anunciaram que, em 25 de setembro, vão decidir a data de uma greve geral, um mês antes das eleições legislativas de 22 de outubro.
O dirigente da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Juan Carlos Schmid, fez o anúncio em um ato na Praça de Maio diante de milhares de pessoas mobilizadas “em defesa do emprego” e contra as reformas do trabalho e da previdência que o governo quer tocar.
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“No dia 25 de setembro, o Comitê da CGT vai se reunir. Resolvemos nos reunir (as três centrais) para lançar uma paralisação nacional”, disse Schmid.
O presidente Macri considerou a marcha “uma perda de tempo” e pediu pelo diálogo entre todas as partes para buscar soluções.
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As principais reivindicações são trabalhos dignos e salários justos. A direção sindical acusa o aumento do desemprego e a precarização dos trabalhos, pede melhorias nas aposentadorias e rechaça “qualquer reforma trabalhista ou da previdência que prejudique nossos direitos”, apontou o líder sindical.
“Viemos apresentar uma agenda social. Não viemos levantar a bandeira de nenhuma candidatura não estamos buscando nenhuma conspiração”, afirmou o sindicalista diante da multidão, em alusão às críticas do ministro de Trabalho, Jorge Tiaca, que disse que “a mobilização é desnecessária, inoportuna e tem ranço político”.
Entre as demandas trabalhistas, os dirigentes incluíram um pedido para o aparecimento de Santiago Maldonado com vida. Ele é um artesão de 27 anos, cujo paradeiro é desconhecido desde 1 de agosto, após um despejo violento que a polícia fez em um acampamento Mapuche, durante um protesto dessa comunidade no sul da Argentina, assentada em terras adquiridas pelo empresário têxtil italiano Luciano Benetton.
Os órgãos de direitos humanos responsabilizam a polícia pela “desaparição forçada”, enquanto a ministra de Segurança, Patricia Bullrich, nega a responsabilidade da força policial.
Apesar de Macri ter sido bem sucedido nas primárias legislativas realizadas há uma semana, os argentinos em geral se veem diante de uma economia com dificuldades, com inflação de 13,9% até aqui neste ano, uma taxa de desemprego que subiu a 9,2% no primeiro trimestre, ante 7,6% no fim de 2016, e uma sentida queda do consumo.
A Argentina, terceira economia da América Latina, começou a dar sinais de incipiente recuperação de 0,3% no primeiro trimestre, após recuar 2,3% em 2016.
Fonte: Yahoo!