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Assembleia Geral do SindSaúde-SP apresentou avanços obtidos, mas categoria segue mobilizada e alerta para nova paralisação
Após mobilizações realizadas na semana passada em frente ao Hospital das Clínicas de Botucatu, servidores da saúde estadual seguem em estado de greve e iniciaram uma contagem regressiva para que as promessas do governo estadual sejam cumpridas nos prazos estabelecidos. A decisão foi tomada durante Assembleia Geral realizada na sexta-feira (18) pelo SindSaúde-SP com profissionais de todo o estado.
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Durante a assembleia, o sindicato apresentou os avanços obtidos em reuniões com representantes do Governo de São Paulo realizadas nos dias 15 e 17 de julho. Entre os principais pontos da pauta de reivindicações estão:
- Bonificação por Resultados (BR): governo garantiu pagamento referente a 2024 na folha de setembro.
- Concurso de Promoção: entraves burocráticos teriam sido resolvidos e benefício será estendido a todas as autarquias e secretarias com servidores técnicos (LC 1.157/2011).
- Gdamspe (Gratificação pelo Desempenho e Apoio à Assistência Médica): criado grupo de trabalho com prazo de 90 dias para apresentação de proposta de ampliação.
- FGTS e INSS: problema técnico no sistema eSocial, que gerou falhas em repasses, teria sido resolvido.
- Auxílio-alimentação: governo promete reajuste; valores e impactos devem ser definidos em até 60 dias.
- Prêmio de Incentivo: revisão da tabela está em estudo, com proposta prevista até o fim do ano.
- Garantia contra perseguições: gestão assegurou que não haverá retaliações a quem participou das mobilizações.
Apesar da retomada do trabalho, a categoria segue em alerta, e uma nova greve por tempo indeterminado poderá ser deflagrada caso os compromissos assumidos não sejam cumpridos nos prazos estabelecidos.
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“Se tiver descumprimento do que foi discutido, a greve retornará e sem prazo para acabar”, declarou o presidente do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi.
O sindicato também anunciou que a categoria fará uma contagem regressiva pública até o vencimento dos prazos de 60 e 90 dias apresentados pelo governo. O movimento integra uma campanha estadual de resistência contra a ampliação das parcerias público-privadas na saúde, promovida pela CUT e entidades do funcionalismo.