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Um funcionário de alto escalão do Catar, envolvido na organização da Copa do Mundo, disse nesta terça-feira (29) que a quantidade de trabalhadores que morreram em obras vinculadas ao torneio está “entre 400 e 500”, um número drasticamente maior do que qualquer outro anteriormente oferecido pelo governo.
O comentário foi feito por Hassan al-Thawadi, secretário-geral do Comitê Supremo para Entrega e Legado do Catar (SC), durante uma entrevista para o jornalista britânico Piers Morgan.
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Na entrevista, o jornalista britânico pergunta: “Qual é o total honesto e realista que você acha de trabalhadores migrantes que morreram como resultado do trabalho que eles estão fazendo para a Copa do Mundo?”
“A estimativa é de cerca de 400, entre 400 e 500”, responde al-Thawadi. “Não tenho o número exato. Isso é algo que tem sido discutido.”
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Anteriormente, por meio de um comunicado enviado no dia 12 de novembro para o g1, o Comitê Supremo para Entrega e Legado do Catar (SC) afirmou que houve 3 mortes relacionadas ao trabalho e 37 mortes indiretamente relacionadas. Eles acrescentaram ainda que, a partir de 2014, o país adotou medidas para melhorar as condições dos trabalhadores.
Nesta terça, o SC, após as declarações de al-Thawadi, divulgou um comunicado reiterando as 40 mortes citadas no parágrafo anterior e observando que “declarações separadas em relação aos números referem-se a estatísticas nacionais que cobrem o período de 2014-2020 para todas as mortes relacionadas ao trabalho (414) em todo o país , abrangendo todos os setores e nacionalidades.”
Um levantamento feito pelo jornal britânico “The Guardian” aponta que mais de 6.500 trabalhadores estrangeiros morreram no Catar desde que o país foi escolhido para sediar a Copa do Mundo em 2010, mas não especifica se eles morreram em obras para o torneio de futebol.
O Catar conta com uma força de trabalho de mais de 2 milhões de imigrantes.
Fonte: Yahoo!