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A Polícia Civil realizará na próxima quarta-feira (16) uma escavação em uma área onde o corpo de Marco Aurélio Simon pode estar enterrado. O escoteiro está desaparecido há 37 anos, ao sumir durante uma trilha no Pico dos Marins, em Piquete, a 200 quilômetros da capital paulista.
O caso foi desarquivado em 2021, após novos indícios abrirem duas linhas de investigação da polícia. A primeira delas é a de que ele pode ter sido morto e enterrado em uma área próxima ao acampamento.
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Em julho do ano passado, uma escavação chegou a ser feita pela Polícia Civil em uma casa na área rural de Piquete (SP), mas a ação terminou sem o encontro de novas evidências sobre o caso Marco Aurélio.
Segundo a polícia, a nova escavação será realizada em uma área externa, sem cobertura e que fica na entrada da base do Pico dos Marins.
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A escavação contará com a participação de ao menos 20 pessoas, entre policiais e peritos, além de ter apoio de cães farejadores.
O local onde da área a ser escavada é classificado como de preservação ambiental e, por isso, foi necessário uma série de autorizações, para que a polícia desse andamento nas investigações.
Segunda linha de investigação
A outra possibilidade que será investigada pela Polícia Civil é a de que Marco Aurélio possa estar vivo e hoje esteja em situação de rua. Há depoimentos de que ele foi visto em Taubaté em mendicância.
A família encomendou de peritos uma imagem envelhecida do escoteiro, com características de morador de rua e usa para tentar encontrá-lo (veja abaixo). Para esta linha de investigação, a polícia acionou as penitenciárias da cidade, equipes da Polícia Civil e Militar.
Esta linha é também o que acredita a delegada Sandra Vergal, responsável pela investigação do caso à época.
Histórico
Marco Aurélio Simon desapareceu na manhã do dia 8 de junho de 1985. Ele e outros três amigos, todos com 15 anos à época, faziam uma trilha como escoteiros ao cume do Pico dos Marins, o mais alto do estado de São Paulo, que fica na cidade de Piquete.
À época, polícia, bombeiros e equipes de inteligência fizeram buscas por 28 dias na área. Um inquérito foi aberto na Polícia Civil para investigar seu desaparecimento, mas terminou arquivado e sem resposta. Mais de 30 anos depois, com um novo depoimento, a polícia decidiu pela reabertura e investigação do caso.
A primeira linha já foi executada em parte, com uma escavação, que terminou sem o encontro de novos indícios. Ainda há uma área a ser escavada, mas é classificada como de preservação ambiental e, por isso, foi necessária uma série de autorizações.
A segunda aponta suspeita de que estaria em Taubaté, depois de terem visto um morador de rua com os mesmos traços dele. À época do desaparecimento, havia depoimento de um motorista de ônibus que disse ter visto Marco Aurélio e ter dado a ele carona para ele.
A polícia tem ouvido pessoas que estavam com o menino à época, pessoas que disseram ter visto Marco Aurélio e mapeado penitenciárias e espaços de acolhida de pessoas em situação de rua em busca de informações.
Fonte: G1