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Carros elétricos e híbridos que não são produzidos no Brasil voltaram a pagar imposto de importação neste ano. A alíquota será de 35% para todas as categorias de veículos eletrificados, mas será cobrada de forma gradual até 2026. Só que os primeiros reajustes começaram a ser recolhidos no dia 1º de janeiro de 2024. Portanto, algumas fabricantes já aumentaram os preços de seus modelos, enquanto outras seguraram os valores.
Vale lembrar que o governo estabeleceu divisões de alíquotas por tipo de propulsão. Além disso, elas estão divididas em quatro períodos. Desta forma, a partir de janeiro, a cobrança do imposto para elétricos é de 10% e para híbridos, 12%.
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Apesar de retomar o imposto de importação, o governo atribuiu uma cota para que as fabricantes possam trazer ao Brasil carros eletrificados sem pagar a alíquota. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) já estabeleceu os valores totais e até detalhou que algumas montadoras não serão contempladas com o benefício.
Assim, até o momento, oito montadoras já anunciaram seus reajustes de preços ou mantiveram os valores.
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BMW
A BMW é uma das fabricantes que já aumentou o preço de seus carros, mas nem de todos. Ainda assim, o repasse do imposto de importação não foi total e apenas parcial. Além disso, a porcentagem de aumento é diferente para cada um de seus modelos.
Desta forma, o carro que está mais caro é o elétrico BMW i4. Por outro lado, BMW 530e, BMW iX e BMW iX3 seguem sendo vendidos pelos mesmos preços de dezembro de 2023.
Volvo
A Volvo também já apresentou sua estratégia para lidar com o retorno do imposto de importação. Para 2024, a fabricante sueca afirma que irá repassar uma média de 7,7% da “nova” alíquota para o consumidor final.
Desta forma, a ideia da Volvo era que o EX30, que chega só este ano, tivesse um repasse menor de imposto que o de XC40 e C40. A Volvo estipulou um aumento de 5% para o inédito SUV de entrada e de 10% para seus outros elétricos, assim como para os veículos híbridos plug-in, caso de XC60 e XC90. No entanto, até o momento, os aumentos não seguiram essas regras e foram menores.
Honda
A Honda é mais uma que resolveu aumentar o preço de seus carros híbridos. Desta forma, os valores de Civic e Accord foram reajustados. No entanto, a fabricante japonesa não repassou toda a alíquota para os consumidores. Ao invés dos 12% estabelecidos pelo governo, os modelos estão 2,31% mais caros.
Kia
A Kia anunciou que vai manter os preços de 2023 de seus carros híbridos Niro, Sportage e Stonic, mesmo com a volta do imposto de importação. Porém, esses valores só vão valer até o final de janeiro. Depois haverá um reajuste que pode chegar até a 12%.
Automóveis elétricos de carga, ou seja, equivalentes a caminhões elétricos, terão 20% de reajuste vigorando a partir deste mês, e 35% já em julho de 2025. Desta forma, o Kia Bongo também sofrerá reajuste no preço depois de janeiro. Por enquanto, é possível comprar o modelo a partir de R$ 156 mil.
Seres
A Seres optou por seguir o mesmo planejamento da Kia e vai manter os preços de seus carros até o fim de janeiro. Portanto, os quatro modelos da fabricante chinesa, até mesmo seus comerciais, continuam sendo vendidos pelos mesmos valores.
GWM
A Great Wall Motors (GWM) anunciou que vai manter o preço da versão de entrada do GWM Ora 03 até o final de janeiro ou enquanto durarem os estoques. Portanto, quem estiver interessado em comprar a configuração Skin vai poder pagar R$ 150 mil. Mas com algumas condições: entrada de 50%, 24 parcelas fixas e taxa zero.
A fabricante chinesa também informa que vai manter os preços de seus outros modelos. Nestes casos, a GWM deixa claro que não há previsão de aumento e que os preços podem subir a partir de uma “observação da marca sobre o mercado e outros fatores externos”.
Nissan
A Nissan não tem nenhum carro híbrido à venda no Brasil. Na lista de elétricos, apenas o Leaf está presente. Só que o modelo não está mais caro depois da volta do imposto. E de acordo com a marca, não há uma previsão para que o veículo aumente de preço. Portanto, os consumidores ainda podem adquirir o Leaf por R$ 298.490.
Audi
A Audi é mais uma que optou por manter os preços de seus carros mesmo com a volta do imposto. Portanto, todos os modelos elétricos da marca alemã continuam sendo vendidos pelos mesmos valores oferecidos em dezembro de 2023. Além disso, não há previsão de aumento.
Por que o imposto está de volta?
De acordo com o governo, a intenção é “desenvolver a cadeia automotiva nacional, acelerar o processo de descarbonização da frota brasileira e contribuir para o projeto de neoindustrialização do país”. A volta do imposto de importação acontece oito anos após o governo baixar de 35% para zero a alíquota para veículos híbridos e elétricos.
Atualmente, nenhuma fabricante instalada no Brasil produz veículos elétricos. Entre os híbridos nacionais estão apenas os Toyota Corolla e Corolla Cross e os Caoa Chery Tiggo 5x e Tiggo 7 Pro — os dois últimos têm um sistema híbrido leve.
Fonte: Só Um Planeta