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Encostar um modelo elétrico e abastecer em um ponto de energia na garagem de casa soa como uma cena moderna, no entanto poderíamos estar falando de um século atrás. Na virada do século 20, o surgimento do automóvel trouxe uma variedade de modelo movidos a eletricidade, que só depois acabaram vencidos pelos modelos a combustão.
Imagens divulgadas pelo Museu de Inovação e Ciência, que fica no estado de Nova York (EUA), ilustram perfeitamente essa realidade de outros tempos, um clique estranhamente familiar com o que há de mais moderno hoje em termos de transporte.
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As fotos foram tiradas em 1922 e mostram uma mulher vestida com um grande chapéu e luvas posando em uma garagem com um carro elétrico. O modelo é um Columbia Electric Victoria Phaeton, produzido pela primeira vez em 1905.
Comprado novo, um carro como este custaria US$ 1.600 em 1908, ou cerca de US$ 44 mil hoje (R$ 216 mil), informa reportagem do jornal Daily Mail.
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Apesar das semelhanças, a verdade é que um modelo de um século atrás trazia muitas diferenças mecânicas e de design, a começar pela inspiração nas carruagens, modo de transporte até então dominante. O Phaeton tinha três marchas adiante e duas à ré, com velocidade máxima de 24 km//h.
Havia dois pedais de freio no veículo, um para estacionar, e outro, para diminuir a velocidade do carro.
Ainda assim, os elétricos foram um hit entre americanos mais afortunados, com publicidade dirigida especialmente para mulheres. Os carros elétricos eram considerados mais limpos, seguros, e especialmente mais fáceis de dar a partida do que os modelos a gasolina, que dependiam de uma manivela pesada para ligar o motor.
A partir de 1912, quando a partida do motor a gasolina foi resolvida, eles abriram uma dianteira que levaria a concorrência eletrificada ao esquecimento, ao menos até o século 21.
A autonomia já era, claro, uma questão em 1909, quando a empresa Fritchel Electric chegou a divulgar um modelo capaz de viajar 160 quilômetros com uma única carga. Contudo, assim como hoje, a difusão de pontos de recarga foi um obstáculo para os elétricos, que eram recarregados em casa, apenas.
Em 1900, dos 4.192 veículos registrados nas ruas dos Estados Unidos, mais de 1.500 eram movidos a eletricidade. Cerca de 35 anos depois, essa alternativa de carro deixou de existir no mercado, principalmente devido à ascensão do modelo T da Ford, que surgiu como uma opção barata de automóvel, sendo o primeiro “carro popular” da história.
Fonte: Um Só Planeta