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A brasileira Carolina Meligeni Alves perdeu para a alemã Laura Siegemund por 2 sets a 1 (parciais de 1/6, 6/2 e 6/3), na noite deste sábado, pela Billie Jean King Cup, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. A vitória em 2h36min de jogo deu à Alemanha a classificação para as finais da principal competição feminina entre países do tênis mundial.
– Derrota dolorosa, perder em casa em frente à essa torcida é difícil demais. Não dá para negar que, apesar da derrota, é um grande momento para nós. Várias jogadoras em alto nível ao mesmo tempo. Orgulho falar que o tênis feminino encheu um estádio com quase 9 mil pessoas – disse Carol, logo após o jogo.
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Carol substituiu Laura Pigossi, que estava previamente escalada para o segundo dia de disputas. Segundo a Confederação Brasileira de Tênis (CBT), a troca foi por “mudança de tática”. Na sexta à noite, Laura Pigossi perdeu seu jogo para Tatyana Maria por 2 sets a 1 e sentiu dores no joelho ao final da partida, além de câimbras. Antes, ainda na sexta, Bia Haddad também havia sido derrotada por Laura Siegemund. O Brasil sobreviveu no confronto graças à vitória de Bia Haddad neste sábado, minutos antes de Carol Meligeni entrar em quadra.
Com a terceira vitória em quatro duelos, a Alemanha fechou o confronto contra o Brasil e avançou à fase final do Billie Jean King Cup, que será disputada por 12 países em novembro, em Sevilha, na Espanha. O Brasil não fica entre as 12 melhores seleções da elite do tênis mundial desde 1982. Agora, as brasileiras também voltam a jogar em novembro, mas em um playoff precisando da vitória para permanecer na primeira divisão mundial. Se perder, retorna aos confrontos continentais.
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MISSÃO COMPLICADA
Carol entrou em quadra com uma missão complicada, vencer a alemã que tinha ganho de Bia Haddad na noite anterior. O início do jogo já mostrou que Siegemund queria encerrar o duelo rapidamente. A 85ª do mundo, afinal, tinha pela frente a brasileira que está apenas na 345ª posição do ranking mundial (já foi 165ª).
Apesar dos 3 a 0 sem muitas chances em quadra, Carol lutou. E quebrou a alemã no quarto game, arrancando muito aplausos e gritos da torcida, que contava inclusive com o tio da tenista, Fernando Meligeni. Mas a reação durou pouco. E Siegemund fechou o primeiro set em 6/1, em 39 minutos.
Então, logo no início do segundo set, Carol voltou a quebrar a alemã, desta vez além de luta tirava da manga ótimos golpes. Com 1 a 0 a favor, claro, a torcida se animou e começou a cantar pela virada. Nessa empolgação, Carol confirmou pela primeira vez seu saque no jogo.
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Àquela altura da disputa, pressionada, Siegemund já não conseguia sacar enquanto Carol tinha ganho toda confiança para a virada. A estratégia da brasileira estava dando tão certo que ela fez 6 a 2 com pleno domínio das ações. O que era uma missão impossível passou a ser viável.
Mas o sonho acabou logo no início do terceiro set, novamente com a alemã abrindo 3 a 0. E quem disse que a brasileira não iria buscar? Ela foi. Fez 3/4 com o ginásio pulsando e o irmão Felipe Meligeni, também tenista, enlouquecido na beira da quadra. Com duas horas e meia de disputa, Siegemund precisou suar. Muito. E assim levou a vitória para a Alemanha.
Luta não faltou para Carol, até o final. Mas a vitória que o Brasil precisava para levar a decisão do confronto para o jogo de duplas, não veio. A classificação às finais ficou para um próximo ano. E Carol Meligeni saiu de quadra maior do que entrou. Muito maior.
Fonte: G1