18 de novembro, 2024

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Capitã da seleção afegã de futebol feminino pede apoio à Fifa para salvar jogadoras do regime talibã

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A capitã da seleção de futebol feminino do Afeganistão pediu o apoio da Fifa para salvar as jogadoras, que continuam no país, do regime talibã, em postagem feita na quinta-feira (19) em uma rede social.

Shabnam Mobarez, de 26 anos, vive nos Estados Unidos. Ela pediu que a Federação Internacional de Futebol atue para retirar as jogadoras que ainda vivam no país.

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“Precisamos agir para salvar minhas colegas de time”, disse Mobarez. “Elas são minhas irmãs.”

A jogadora contou que mantém contato com as colegas que continuam no Afeganistão após a retomada do poder pelo grupo extremista Talibã.

Segundo ela, há muito medo e apreensão. E há ainda a insegurança de que os talibãs tentem ir atrás delas, por conta da atividade que exerciam.

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Shabnam Mobarez é capitã da seleção feminina de futebol do Afeganistão (Foto: Reprodução/Instagram)

Apesar de o Talibã ter dito, no início desta semana, que daria mais liberdade às mulheres do que durante sua primeira vez no poder, diversos relatos de perseguição são compartilhados pelas afegãs.

Sob o governo talibã, entre 1996 e 2001, entretenimentos como televisão e música foram proibidos, as mãos dos ladrões eram cortadas, e assassinos, executados em público.

Mulheres ficaram proibidas de trabalhar, ou estudar; e as acusadas de adultério eram açoitadas e apedrejadas até a morte.

Capitã e jogadora da seleção feminina do Afeganistão — Foto: Reprodução/Instagram
Capitã e jogadora da seleção feminina do Afeganistão (Foto: Reprodução/Instagram)

Buscas em casa

Apesar da tentativa inicial do Talibã de tentar passar uma imagem menos radical, militantes do grupo extremista têm intensificado a busca por pessoas casa a casa, aponta documento confidencial da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os talibãs têm listas com nomes e os alvos são pessoas que trabalharam para forças de segurança afegãs, americanas e da Otan, além de veículos de imprensa e entidades internacionais, segundo o relatório de inteligência da ONU.

Mobarez afirmou que suas colegas de time passaram a viver escondidas, fora de suas casas e que – abandonadas pela federação nacional – não podem confiar em ninguém.

Em entrevista ao jornal português “Expresso” ela disse que há um “risco muito elevado” ao tentarem deixar o país, mas que também os talibãs podem descobrir seus endereços.

“Tudo é muito incerto e para nós, que vemos de fora, é desolador ver e saber disso tudo e não podermos fazer nada”, disse a esportista. “Agora temos todas estas mulheres desamparadas, deixadas à sua sorte.”

Fonte: Yahoo!

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