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Um tipo de câncer, que atinge homens e mulheres, vem preocupando as autoridades de saúde no Brasil. É o de intestino, também chamado de colorretal, que já é o terceiro em incidência na população, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). São aproximadamente 40 mil novos casos diagnosticados por ano em ambos os sexos. Desse total, cerca de 30% ocorrem devido a fatores comportamentais, como má alimentação, tabagismo, consumo de álcool e falta de atividade física. Ou seja, poderiam ser evitados. Neste 4 de fevereiro, Dia Mundial de Combate ao Câncer, é importante discutir prevenção e diagnóstico dessa doença.
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Isso porque, geralmente quando este tipo de carcinoma se manifesta, já está razoavelmente grande. “Fatores genéticos e o envelhecimento não temos como mudar. Porém os bons hábitos de vida, todos podemos adotar para prevenir o câncer de intestino e uma infinidade de outras doenças”, frisa o oncologista Alexandre Gomes, diretor nacional de Oncologia do Sistema Hapvida.
“A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino”, afirma Gomes. Uma alimentação saudável, reforça ele, é composta, principalmente, por alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e leguminosas, grãos e sementes. Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas do alimento cozido por semana.
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“Com esse padrão de alimentação, que é rico em fibras, além de promover o bom funcionamento do intestino, também ajuda no controle do peso corporal. Manter o peso dentro dos limites da normalidade e fazer atividade física, movimentando-se diariamente ou na maior parte da semana, são fatores importantes para a prevenção deste tipo de câncer. Além disso, não fumar e nem se expor ao tabagismo”, ressalta o oncologista.
Mas mesmo com hábitos de vida saudável, é importante estar atento ao funcionamento do organismo para, em caso de a pessoa desenvolver câncer de intestino, desconfiar o quanto antes e procurar atendimento médico. “Os sintomas mais frequentemente associados à doença são sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados), alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas), dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente e massa (tumoração) abdominal”, alerta Alexandre Gomes.
O médico lembra que o risco de desenvolver câncer de intestino aumenta ao envelhecer. Cerca dos 90% dos casos ocorrem acima dos 50 anos. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que os países com condições de garantir a confirmação diagnóstica, referência e tratamento, realizem o rastreamento do câncer de cólon e reto em pessoas acima de 50 anos, por meio do exame de sangue oculto de fezes. Caso o teste seja positivo, ou seja, constate o sangue oculto, a pessoa deverá fazer uma colonoscopia. Fechado o diagnóstico do câncer de intestino, o tratamento é a retirada cirúrgica da lesão.