18 de setembro, 2024

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Câncer de bexiga mata 5 mil por ano; tabagismo e exposição a químicos estão entre fatores de risco, explica Urologista de Botucatu

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O câncer de bexiga é uma doença grave que, entre 2019 e 2022, causou cerca de cinco mil mortes por ano no Brasil, totalizando 19.160 óbitos nesse período, segundo dados do Ministério da Saúde. Além do tabagismo, que é o principal fator de risco, a exposição frequente a tintas e solventes também desempenha um papel significativo no desenvolvimento da doença. Quase 70% das vítimas foram homens, evidenciando um possível impacto ocupacional sobre a população masculina.

Identificar precocemente os sintomas, como a presença de sangue na urina, é fundamental para o diagnóstico e o tratamento eficaz da doença. O alerta é feito pelo urologista e especialista em cirurgia robótica urológica do Hospital Israelita Albert Einstein, José Roberto Colombo Junior. Segundo ele, a presença de sangue na urina normalmente é indolor e pode incluir coágulos. Outros sinais de atenção incluem ardor ao urinar e aumento da frequência urinária.

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“Quanto mais precoce for realizado o diagnóstico, maiores são as opções terapêuticas e maior a chance de cura”, ressalta Colombo Junior.

Fatores de risco

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Embora o tabagismo seja o principal fator de risco para o câncer de bexiga, outros elementos contribuem para o desenvolvimento da doença. “Entre eles estão o contato frequente com solventes e tintas, infecções urinárias de repetição e o uso prolongado de sonda vesical”, enfatiza Colombo Júnior.

O diagnóstico do câncer de bexiga é sugerido por exames de imagem, geralmente ultrassonografia. Se houver suspeita, uma cistoscopia deve ser realizada para confirmação.

“A cistoscopia é realizada por meio da introdução de uma pequena câmera pelo canal da urina (uretra), permitindo que o urologista visualize o interior da bexiga”, explica o especialista.

Estágios e tratamentos

Os tratamentos variam conforme o estágio da doença. No estágio inicial, o tratamento envolve a ressecção da lesão da bexiga por meio da uretra, onde toda a lesão é retirada e enviada para análise patológica.

Uma vez confirmada a presença maligna no tecido, é fundamental saber o quanto a lesão está infiltrada na parede da bexiga. E, se constatada a invasão da musculatura vesical, o tratamento pode incluir a retirada da bexiga (cirurgia também chamada de cistectomia). Há, contudo, situações em que são indicadas sessões de radioterapia associadas à quimioterapia, a depender da extensão da doença e comorbidades do paciente, aponta o médico.

“Já para os casos de doença superficial, ou seja, de lesões que não invadem a musculatura da bexiga, o tratamento é realizado pela própria ressecção ou até pela quimioterapia intravesical, utilizando-se o onco BCG [forma de imunoterapia que utiliza bactéria atenuada para atacar células cancerosas]”, detalha o urologista.

Quando a cistectomia é recomendada, a realização por meio de cirurgia robótica é a melhor opção ao paciente.

“Isso porque a cirurgia robótica diminui a morbidade do procedimento cirúrgico, proporcionando menor sangramento, menor tempo de internação, menos dor e recuperação pós-operatória muito mais breve”, destaca Colombo Júnior.

Sobre o médico

José Roberto Colombo Júnior é urologista especialista em cirurgia robótica urológica do Hospital Israelita Albert Einstein. Coordenador Executivo da Pós-Graduação em Cirurgia Robótica do Hospital Israelita Albert Einstein. Formado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Possui doutorado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) São Paulo. Aprimoramento (Fellowship) em cirurgia minimamente invasiva na Cleveland Clinic, Cleveland, EUA. Atendimento: * 11 97090-5300 WhatsApp * ⁠11 2151- 4116 

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