02 de maio, 2025

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Caminhoneiros protestam pelas rodovias de Botucatu contra alta do óleo diesel e Petrobras recua e anuncia redução no preço

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Caminhoneiros de Botuca­tu e região aderiram ontem à paralisação nacional da categoria. A mobilização reuniu mais de 60 cami­nhões, segundo o Sindica­to dos Caminhoneiros Au­tônomos (Sindicam), e foi motivada pelas constantes altas nos preços do diesel e derivados do petróleo. Es­tima-se que o combustível registrou 8% de aumen­to nas bombas neste ano, como prática da política de preços da Petrobras.

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Os manifestantes reu­niram-se por volta das 7 horas e ocuparam parte da pista da Rodovia João Hypólito Martins, a Caste­linho, no trecho próximo à rotatória da divisa com a Avenida José Pedretti Neto. Foram promovidos piquetes e um buzinaço pela região. Partiram, em seguida, em direção à Ro­dovia Marechal Rondon (SP-300), até o pedágio na divisa com São Manuel. Após um período estacio­nados no acostamento, re­tornaram a Botucatu.

O trânsito não foi preju­dicado. Mesmo assim, mo­toristas que não aderiram à paralisação e de veículos de passeio enfrentaram pequena lentidão por cau­sa da quantidade de cami­nhões parados. A Polícia Militar Rodoviária acom­panhou toda a mobilização e não registrou nenhuma ocorrência. Também foram registrados atos em Itatin­ga, Barra Bonita, Tupã, Ou­rinhos e Bauru.

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Segundo Fernando Da­vid, diretor do Sindicam em Botucatu, mais de 3.500 caminhoneiros exercem a atividade na região que compreende também os municípios de Bauru, Jaú, Marília, Avaré, Conchas, entre outros. “Este é um ato da Associação Brasilei­ra dos Caminhoneiros e o objetivo é mostrar à popu­lação que estes aumentos não são mais suportados pela categoria. Para se ter uma ideia, com a nova po­lítica da Petrobras (onde os reajustes podem ser di­ários conforme o mercado internacional), está difícil, tanto para quem é autô­nomo, quanto para as em­presas, em fazer o cálculo de gasto. Hoje gastamos quase 70% do valor do fre­te somente abastecendo o veículo”, ressalta.

O sindicalista alerta que as constantes altas de preços podem ser ime­diatamente repassados ao consumidor. O modal rodoviário é predominan­te na logística, por onde circula 56% das cargas e a maior parte dos passagei­ros no país, de acordo com o Ministério dos Transpor­tes. “Caso tenhamos que repassar estes prejuízos no frete, sobe tudo. Desde o gás de cozinha ao feijão, serão impactados com o preço dos combustíveis”, frisou. “Ou o caminhoneiro repassa esse prejuízo ou vai à falência. Manter um caminhão é extremamente caro”, ressalta David.

No período da tarde, boa parte dos caminhoneiros ficaram estacionados na região do Parque Marajoa­ra e chegaram a atear fogo em pneus. Após a informa­ção que a Petrobras anun­ciou que ocorrerá a redu­ção do preço da gasolina e do diesel nesta quarta-fei­ra, foi iniciada a dispersão.

Petrobras anuncia redução dos preços da gasolina e do diesel

 A partir de hoje, a gaso­lina e o óleo diesel te­rão redução de 2,08% e 1,54%, respectivamen­te, conforme anunciado pela Petrobras.

A queda no preço da gasolina ocorre depois de 11 aumentos con­secutivos nos últimos 17 dias, e do preço do produto ter fechado os primeiros 21 dias do mês de maio com alta acumulada de 16,07%. Com a queda de 2,08%, que entra em vigor amanhã, o preço da gasolina nas refinarias cairá para R$ 2,0433. No caso do diesel, com a queda de 1,54%, após sete aumentos conse­cutivos, o produto pas­sará a custar a partir de amanhã nas refinarias R$ 2,3351.

O diesel acumula desde o dia 1º de maio alta de 12,3%.

Fonte: Jornal Leia Notícias com Flávio Fogueral

 

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