19 abril, 2024

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Caminhão de levar grãos transportou R$ 51 milhões roubados no interior de SP

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Grupo armado atacou empresa de segurança e transporte de valores (Foto: Paulo Souza/EPTV)

Os principais suspeitos de assaltar a empresa de transporte de valores Prosegur em Ribeirão Preto (SP) fugiram na carroceria de um caminhão graneleiro, levando os R$ 51,2 milhões roubados da empresa e parte do armamento usado na ação.

O objetivo da quadrilha era despistar a polícia, que buscaria por automóveis e não por veículos de carga, segundo explicou o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter 3), João Osinski Junior.

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“Foi algo cinematográfico, desde o momento do início da ação, a explosão, e mesmo a fuga. Esse novo detalhe da fuga de todos em um único veículo é algo cinematográfico e muito bem planejado”, afirmou.

O delegado destacou que o caminhão ainda não foi apreendido, mas a polícia já sabe que pertence a uma transportadora de Viradouro (SP), cujo proprietário já teve a prisão temporária decretada e é considerado foragido.

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“Nós já o colocamos na cena do crime e, principalmente, descobrimos qual foi o método utilizado para fuga do local: todos embarcaram em um caminhão, com dinheiro, com armamento, e fugiram. Isso não despertou a atenção porque a polícia procurava vários veículos que participaram de um roubo, e não um caminhão graneleiro”, completou.

Novas prisões
A declaração de Osinski Junior ocorreu nesta terça-feira (16), após a prisão de dois suspeitos de participar da ação. Um deles foi encontrado em Atibaia (SP) e o outro na capital paulista, onde também deveria ser cumprido um terceiro mandado, mas o homem não foi encontrado.

Entretanto, o pai do suposto assaltante acabou sendo detido porque na casa da família foram apreendidas munições para fuzil. Ele e os outros dois presos foram levados para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão.

Osinski Junior explicou que o homem preso em Atibaia foi o responsável por fornecer os veículos blindados à quadrilha, cujas placas eram clonadas. Na casa do suspeito foram encontrados materiais para falsificação de documentos.

“Isso prova que esse núcleo era encarregado não só dos veículos, mas dos próprios foragidos, com uso de documentos falsos. Com a prisão desse falsário, esperamos encontrar dentro de seus arquivos a nova identidade da pessoa que forneceu o caminhão”, disse.

Ainda de acordo com o delegado, o suspeito preso em São Paulo e o outro que não foi encontrado participaram diretamente do mega-assalto. Os três devem cumprir prisão temporária por 30 dias, e responderão por roubo e associação criminosa.

Delegado João Osinski Junior comanda investigação do caso (Foto: Reprodução/EPTV)Delegado João Osinski Junior comanda investigação do caso (Foto: Reprodução/EPTV)

Mais informações
Osinski Junior disse ainda que a polícia identificou uma segunda chácara alugada e usada pela quadrilha para planejar o mega-assalto. O local fica a 100 metros da primeira, onde os suspeitos promoveram uma festa, um dia antes da ação.

O delegado explicou que as propriedades serviram como ponto de apoio logístico ao grupo, uma vez que os suspeitos de participar do ataque são de municípios distantes, como Atibaia, Campinas e da capital paulista, e chegaram a Ribeirão dias antes do crime.

“A ideia é montar o quebra-cabeça. Nós já temos quem alugou a chácara, temos de onde partiu a informação da empresa, ainda os que forneceram os carros blindados, e a prisão decretada do proprietário da transportadora, que deu fuga aos bandidos. Com certeza, essa pessoa é um elo-chave dentro dessa organização criminosa”, concluiu.

Polícia Civil descobriu que grupo alugou duas chácaras para planejar mega-assalto (Foto: Reprodução/EPTV)Polícia descobriu que grupo alugou duas chácaras para planejar mega-assalto (Foto: Reprodução/EPTV)

Outras prisões
Até agora, seis homens foram presos por envolvimento no mega-assalto à Prosegur. Dois deles, de 32 e 34 anos, estavam com R$ 160 mil em dinheiro em um resort em Rio Quente (GO).Outro homem foi preso no mesmo dia em Ribeirão Preto com R$ 34 mil e armas.

Os suspeitos eram vigilantes da Protege e tinham informações privilegiadas sobre a rotina de trabalho nas empresas de segurança e transporte de valores. Na sequência, as investigações ainda identificaram mais dois suspeitos, dos quais um foi preso e o outro segue foragido.

Polícia acha R$ 160 mil com suspeitos de mega-assalto presos em Goiás (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Polícia acha R$ 160 mil com suspeitos de mega-assalto presos em Goiás (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Mega-assalto
A ação, na madrugada de 5 de julho, durou cerca de uma hora. A PM estima que 40 homens tenham explodido o prédio da Prosegur e usado 15 veículos – três foram queimados e outros sete abandonados em um canavial. Vizinhos da empresa ficaram no meio do fogo cruzado.

Na Rodovia Anhanguera (SP-330), um policial rodoviário de 43 anos foi morto com um tiro na cabeça, durante a fuga da quadrilha. Um morador de rua, de 38 anos, que teria sido usado como escudo, também morreu após o assalto.

De acordo com a PM, o grupo estava fortemente armado e tinha desde pistolas a fuzis 556, 762 e ponto 50, munição capaz de derrubar aviões. Dinamite foi usada para explodir o prédio e acessar o cofre.

Osinski Junior disse que o grupo estava preparado para enfrentar um batalhão. Este foi o terceiro crime do mesmo tipo no Estado de São Paulo só em 2016, o que leva a polícia a suspeitar que a mesma quadrilha esteja coordenando os ataques.

Os suspeitos atiraram contra dois transformadores de energia na Rua Basílio Gama, o que deixou 2.245 imóveis sem eletricidade, segundo a CPFL Paulista (Foto: Paulo Souza/EPTV)Suspeitos explodiram prédio da Prosegur na madrugada de 5 de julho (Foto: Paulo Souza/EPTV)

 

Fonte: G1

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