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O IC (Instituto de Criminalística) de São Paulo emitiu um laudo que aponta que o caminhão que colidiu com o helicóptero que levava o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci trafegava a uma velocidade aproximada de 40 km/h na hora do acidente.
O veículo tinha saído da praça de pedágio do Rodonel em direção à Rodovia Anhanguera quando bateu de frente com o helicóptero onde estavam os dois. As mortes completam um mês nesta segunda-feira (11).
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Segundo documento obtido com exclusividade pelo G1, o Núcleo de Engenharia da Polícia Técnico-Científica do IC analisou o tacógrafo do veículo e determinou que a carreta trafegava dentro do limite de velocidade permitido para a via.
Boechat e Quattrucci tiveram politraumatismos causados pelo impacto e morreram na hora. O condutor do caminhão, João Adroaldo Tomackeves, sobreviveu após ser resgatado por outros motoristas que estavam na rodovia.
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“Em análise é o tacógrafo, que é o equipamento que mede a velocidade do automóvel. A velocidade na hora do impacto era de 40 km/h, que é compatível com a via, o limite da via”, disse ao G1 o delegado Alexandre Marcos Kerckhof Cardoso e Silva, do 46º DP (Distrito Policial), em Perus, onde o caso foi registrado.
Veja o vídeo do momento da queda do helicóptero:
O laudo constatou que o caminhão estava a 80 km/h antes de se aproximar das cabines de pedágio, reduziu de 60 km/h para 40 km/h e, por fim, atravessou a praça de cobrança a 20 km/h. Ao acelerar, subiu para cerca de 40km/h e bateu com o helicóptero.
ACIDENTE ‘NÃO CRIMINOSO’
Segundo o delegado, as provas apresentadas até agora indicam que o acidente que resultou na morte de Boechat e Quattrucci não foi criminoso. O inquérito policial ainda não foi concluído e depende do resultado de outros laudos, como o da Aeronáutica, voltado para apurar as causas da pane no helicóptero.
Técnicos dos fabricantes da aeronave, a Bell Helicopter, e do motor, a Rolls Royce, acompanham o trabalho dos peritos, segundo apurou o G1.
O ACIDENTE
Segundo testemunhas relataram ao Corpo de Bombeiros, a aeronave Bell Jet Ranger, um modelo de 1975, tentou fazer um pouso de emergência em uma alça de acesso do Rodoanel à rodovia Anhanguera, na altura do quilômetro 7, sentido Castelo Branco, próximo a um pedágio -local das vias com menos fluxo de veículos.
Na descida, no entanto, ela se chocou com um caminhão que tinha acabado de sair do pedágio, na faixa do Sem Parar (pedágio expresso). Não se sabe ainda qual o problema que a aeronave apresentou, mas foi a colisão que fez o helicóptero pegar fogo.
O motorista do caminhão foi socorrido e teve ferimentos leves, segundo a Polícia Militar.
De acordo com a Abraphe (Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero), o piloto tinha experiência de quase duas décadas como comandante e “seguiu à risca as doutrinas de segurança até o último momento, na tentativa de preservar a vida da tripulação a bordo do helicóptero”.
Fonte: Yahoo!