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A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (29) resolução que reconhece como genocídio o ataque a armênios pelo Império Turco-Otomano no início do século passado.
Tal medida tem caráter simbólico, e não muda a posição oficial dos Estados Unidos em relação ao caso. Porém, a decisão foi vista como uma resposta ao governo turco pelo ataque a tropas curdas no nordeste da Síria – a Turquia rejeita a classificação de genocídio.
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A resolução obteve 405 votos a favor e somente 11 contra. É a primeira vez em 35 anos que uma lei como essa passou com apoio dos dois partidos nas Câmara dos Representantes. Tanto democratas como republicanos, assim como o presidente Donald Trump, repudiaram o ataque da Turquia às milícias curdas.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores turco condenou a medida aprovada pela Câmara, e disse que a decisão não cumpre com os acordos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) – EUA e Turquia fazem parte da aliança militar.
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Genocídio armênio
O Império Turco-Otomano é acusado de ter cometido genocídio contra o povo armênio a partir de 1915, quando 1,5 milhões de pessoas morreram. O país se desfez ao fim da Primeira Guerra Mundial e deu origem à Turquia, entre outros países.
A Turquia nega que tenha havido genocídio e afirma que o número não corresponde à realidade. O governo turco também aponta que diversas das mortes ocorreram em contexto de guerra civil.
Oficialmente, o Brasil não reconhece o genocídio armênio. Porém, uma resolução do Senado de 2015 semelhante à aprovada pela Câmara dos EUA nesta terça-feira reconheceu o termo. A polêmica à época fez o governo turco convocar o embaixador do país no Brasil.
Fonte: Yahoo!