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Rabinho abanando, lambidas e saltos entusiasmados fazem parte da recepção calorosa dos cães. Mas, além desses comportamentos, um estudo científico divulgado recentemente apontou que eles também produzem lágrimas quando se reencontram seus tutores.
Feita pela revista científica Current Biology, do grupo Cell Press, a pesquisa mediu a quantidade de lágrimas sob as pálpebras dos animais usando um teste comum, chamado Schirmer. Os pesquisadores constataram lágrimas em nível elevado quando o melhor amigo do homem se reencontra com seu tutor.
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O veterinário Luís Felipe Roberto, de Itapetininga (SP), explicou que os animais têm bastante relação de consciência e raciocínio, embora com um certo limite. Por conta da emoção envolvida entre tutor e pet, eles choram.
“Quando o animal passa por alguma patologia, ele vai começar a ficar mais estressado, e, por conta da dor, pode chorar. Outra forma é o choro de alegria, no qual o animal fica extremamente contente”, explica.
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Parâmetro
Segundo o veterinário, a questão emocional dos pets também é muito importante para que o tutor tenha um parâmetro da saúde do animal. Luís deu como exemplo a doença do carrapato, que pode ser caracterizada pela tristeza do animal.
Além disso, quando os pets têm tutores que ficam muito fora de casa, eles ficam solitários, podendo demonstrar isso de várias maneiras, como chorando e latindo. “Eles também têm o costume de lamber muito as patas, e isso é um sinal de estresse”, disse o veterinário.
Segundo os pesquisadores da revista científica, essa secreção lacrimal é mediada pela oxitocina, uma substância que desempenha um papel importante no parto e no fluxo de leite e que está associada a comportamentos positivos e amorosos em seres humanos.
“Com certeza a relação do hormônio relaciona a mãe ao filhote. Depois do parto, existe a liberação desse e outros hormônios responsáveis pelo trabalho de parto e comportamentos maternos, então existe relação com o tutor materno ou paterno”, explica Luís.
E as demonstrações de afeto? O veterinário diz que as características da familiaridade entre tutor e pet podem ser percebidas de diversas maneiras, como vocalização, ato de lamber e ficar cheirando os tutores.
Fonte: G1