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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição de ativos florestais da Duratex no Estado de São Paulo pela Suzano Papel e Celulose. A decisão consta de despacho divulgado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 4.
Conforme a Duratex informou em fevereiro, a operação está estruturada em duas etapas. A primeira envolve a aquisição firme de cerca de 9.500 hectares de áreas rurais e os ativos florestais nelas existentes, no valor de R$ 308,1 milhões. Essa etapa deverá resultar no reconhecimento de lucro extraordinário da ordem de R$ 140 milhões, quando concretizada a operação.
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A segunda etapa envolve uma opção exclusiva à Suzano, a preços já estabelecidos, de aquisição de outro lote de cerca de 20.000 hectares de áreas rurais e os ativos florestais, a ser exercida até 2 de julho deste ano, totalizando R$ 749,4 milhões. “Se exercida essa opção, a companhia deverá reconhecer um lucro extraordinário da ordem de R$ 360 milhões quando concretizada a operação”, disse a Duratex.
Na ocasião, a Duratex informou ainda que os valores recebidos da Suzano serão direcionados prioritariamente para diminuição significativa do endividamento líquido, reduzindo os custos financeiros e posicionando a companhia em “patamar estratégico de competitividade”. A empresa também ressaltou, em fato relevante, que mesmo após a conclusão desses contratos, manterá florestas e terras remanescentes para abastecimento de todas as suas unidades, sem nenhum impacto de custos em suas operações.
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Pelo negócio, a Suzano irá adquirir ativos florestais que Duratex utilizava para a fabricação de chapas finas de fibra de madeira em Botucatu (SP), destinadas a consumo interno do próprio Grupo Duratex. Após a operação, a madeira produzida por esses ativos florestais será inteiramente consumida pela Suzano para a fabricação de celulose. Porém, explica a empresa, em circunstâncias específicas (como excedente da produção de madeira, redução da produção de celulose e chapas de madeira e, consequentemente, redução do consumo de madeira), parte da produção poderá ser comercializada a terceiros.
Fonte: Isto É