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Cerca de um mês e meio depois de ser retirada das ruas, Lola, a cachorra que foi resgatada coberta de óleo e com sarna por todo o corpo em um terreno próximo a Unesp de Tupã (SP), passou por uma transformação completa com o tratamento veterinário, banhos e muito carinho. Inclusive, foi até adotada pela família da cuidadora que a acolheu.
A professora Camila Gasparoto, que ficou sensibilizada com o abandono da cachorra e resolveu resgatá-la, descreve os avanços do animal neste período.
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“A Lola ainda está tratando. Além dos medicamentos e um complemento de vitaminas, ela precisa tomar um banho específico a cada quinze dias, já que a pele ficou sensível por conta dos ferimentos provocados pela sarna, o que deve continuar pelos próximos meses”, avalia.
Para ajudar nas despesas veterinárias, Gasparoto e suas amigas, que atuam como cuidadoras independentes na cidade, criaram uma campanha nas redes sociais para arrecadar dinheiro. O caso ganhou tanta repercussão que a quantia depositada possibilitou criar uma rede de solidariedade, ajudando outros animais abandonados e doentes.
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“Várias pessoas que me procuraram e ajudaram muito. Com o dinheiro enviado para a Lola, a gente conseguiu custear os tratamentos dela e ainda recuperar outros cinco animais. Criamos um grupo e tudo o que entra de doação é discutido e direcionado para um caso novo que chega envolvendo abandono ou algum dono que não tem condições de arcar com algum tratamento”, relata Camila.
Ao longo da recuperação, Lola acabou ganhando o coração de todos na família. “Ela nunca teve muito contato com pessoas, só com outros cachorros. Quando eu descobri que estava grávida, meu médico disse que por conta do estado dela, não seria muito saudável pra minha saúde ela ficar em casa. Então, meus pais resolveram levar a Lola para a chácara deles e poucas semanas depois, meu pai disse que não ia deixar ela entrar para adoção novamente”, diz.
Camila descreve que Lola, agora com seis meses, está plenamente adaptada ao novo lar, onde tem espaço de sobra para brincar com os outros cachorros e possui um temperamento dócil e brincalhão. “É um xodó, ela segue meu pai por onde ele passa, dá cada pulo. Também é muito obediente, não tenta fugir nem sair do terreno”. Para a cuidadora, a recuperação da cachorra mostra que investir nos animais doentes não é um caso perdido.
“Diria que a esperança é a última que morre. É preciso tentar. Nunca desanimei da Lola e o veterinário me incentivou muito. Além disso, com o amor e o cuidado, não tem nenhum dinheiro que pague isso”, completa Camila Gasparoto.
Fonte: G1