25 abril, 2024

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Bruno Covas exonera João Cury do cargo de Secretário de Educação de SP

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Durou menos de um semestre a troca na secretaria da educação promovida por Bruno Covas (PSDB) em São Paulo. Pressionado pelo governador e correligionário João Doria, Covas decidiu tirar seu escolhido João Cury Neto do cargo para o qual ele foi nomeado em janeiro deste ano.

O secretário de Educação tornou-se desafeto de Doria em 2018, quando decidiu aceitar o convite do então governador Márcio França (PSB) para assumir o posto de secretário estadual de Educação. A movimentação foi entendida como apoio à campanha do pessebista contra Doria na campanha eleitoral.

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Cury foi expulso do PSDB pelo então presidente estadual da sigla, Pedro Tobias, acusado de “irrefutável transgressão ética”.

Para o seu lugar o nome mais cotado é o do tucano Bruno Caetano, ex-diretor-intendente do Sebrae, próximo de uma ala tucana mais tradicional, formada por nomes como José Serra e Andrea Matarazzo (atualmente no PSD). Cury deve continuar na prefeitura em cargo menos influente, possivelmente no gabinete do prefeito. Covas pode anunciar a troca na noite desta segunda (10), durante reunião com seus secretários.

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A chegada de Cury Neto à prefeitura foi cercada de polêmica. Seu antecessor, Alexandre Schneider, conseguiu ampliar as vagas de creche em meio à crise econômica, liderou o desenvolvimento do currículo da cidade e manteve com a categoria docente a boa relação que já tinha quando ocupou o mesmo cargo na gestão Gilberto Kassab (PSD), entre 2006 e 2012. A saída de Schneider pegou os docentes, o secretariado e o próprio ex-prefeito Doria de surpresa.

A chegada de Cury, figura próxima de Covas, fez parte de um movimento de articulação política do prefeito, tendo em vista as eleições de 2020. Ao nomear Cury, acreditava que poderia conseguir o apoio de França e de seu partido, o PSB.

Procurada, a gestão Covas não se manifestou até a publicação desta reportagem. Em nota, o governador Doria disse que “o prefeito Bruno Covas tem total autonomia para tomar todas as decisões que julgar conveniente.”

Reportagem da Folha mostrou que Cury envolveu-se em polêmicas relacionadas à compra de material pedagógico tanto no cargo de prefeito de Botucatu, no interior do estado, quanto como secretário estadual da Educação mais recentemente na gestão Márcio França.

De 2009 e 2016, Cury Neto foi prefeito de Botucatu. Na cidade, foi alvo de ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Estado de São Paulo em 2013, devido a um contrato que assinou ainda em 2009 com uma empresa para implantar nova metodologia da disciplina de Ciências para alunos da rede municipal de ensino. O contrato teve vigência de dois anos e então foi suspenso pela prefeitura.

Como a contratação por R$ 11 milhões foi feita sem licitação, o Ministério Público moveu ação pública na qual solicitou ressarcimento aos cofres públicos por parte dos acusados —entre eles, Cury Neto. Pedia também que ele respondesse por improbidade administrativa e tivesse seus direitos políticos cassados. A ação foi julgada improcedente pela Justiça.

Em maio, foi condenado por improbidade administrativa em segunda instância e teve decretada a perda de direitos políticos por cinco anos.

Em janeiro, ao assumir o governo de São Paulo, Doria afirmou que a gestão anterior não havia comprado  os kits escolares para o ano letivo de 2019.

Fonte: Folha de SP

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