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Mais de 50 brasileiros – incluindo pais e filhos – passaram entre 15 e 25 dias em instalações semelhantes a tendas na fronteira entre os Estados Unidos e o México, informou reportagem do jornal “Washington Post” nesta terça-feira (5).
O período é superior ao prazo de três dias estipulado pelas autoridades norte-americanas para evitar superlotações nos abrigos próximos à fronteira, que recentemente receberam críticas devido às más condições.
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Ainda segundo o “Post”, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro disse que as famílias ficaram em El Paso – cidade texana na fronteira com o México – até serem deportadas em um voo a Belo Horizonte em 25 de outubro. A reportagem entrou em contato com o Itamaraty, que não retornou até a última atualização desta reportagem.
As autoridades norte-americanas também confirmaram ao jornal que cerca de 70 brasileiros foram retirados dos EUA no mês passado. Entretanto, não há informação clara sobre o tempo que essas pessoas passaram detidas ou por que não foram enviadas a outros abrigos no país após a detenção.
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De acordo com o escritório de Proteção a Alfândegas e Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês), as famílias dormiam em um grande quarto nas instalações, descritas como “fortes e compactas” com “paredes de borracha pressurizada”. Os detidos tinham acesso a chuveiros, banheiros, lavanderia e refeições quentes, incluindo comida para bebês.
Brasileiros deportados
Como esse grupo de brasileiros entrou nos EUA irregularmente pela fronteira com o México e não pediu asilo – diferentemente do que fazem muitos dos migrantes da América Central que viajam em caravanas –, eles foram deportados sem um processo mais longo.
Porém, segundo o “Post”, o processo demorou mais do que o normal por questões logísticas – as autoridades norte-americanas não informaram quais.
Ainda de acordo com o governo dos EUA, cerca de 17 mil migrantes brasileiros chegaram em El Paso, no Texas, no último ano fiscal.
Fonte: G1