19 de setembro, 2024

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Brasil registrou número recorde de incêndios em julho; Amazônia teve o pior cenário

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O mês de julho de 2024 foi o pior para o Brasil em queimadas em 20 anos. Segundo dados do Programa BDQueimadas, operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 22.478 focos de calor no período – em julho de 2005, foram 30.235.

O pior cenário foi na Amazônia, com 11.145 focos. Foi a primeira vez desde 2005 que julho terminou com mais de 10 mil marcações. Na comparação com julho de 2023, foram 5.373 registros a mais e, com a média histórica iniciada em 1998, 5.873.

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Só o Amazonas concentrou mais de 37% desse total, com 4.072 focos, o novo recorde para julho no estado. O anterior era de 2020, com 2.119. O Pará ficou logo atrás, com 29% do total (3.265 registros).

Os dois estados são também os que tiveram mais alertas de desmatamento registrados no mês de julho pelo sistema Deter, do Inpe: 182 mil km² (42%) e 115 mil km² (27%), respectivamente.

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Incêndio na Amazônia (Foto: Um Só Planeta)

Pantanal

O Pantanal contabilizou 1.218 focos no mês passado, número que também foi muito acima da média histórica para o mês (441) e que só fica atrás do de julho de 2005 (1.259) e de 2020 (1.684) – neste ano, incêndios devastadores atingiram 30% da área do bioma. Desde o começo de 2024, o total de focos na região supera 4.696.

De acordo com um boletim semanal publicado pelo governo federal, entre 1 de janeiro e 28 de julho, a área queimada no Pantanal foi de 635 mil a 907 mil hectares (de 4,2% a 6% da área total do bioma). Oitenta e quatro por cento dos incêndios no bioma em 2024 ocorreram em áreas privadas, 9,1% em Terras Indígenas e 5,5% em Unidades de Conservação Federais e Estaduais.

“As queimadas no Pantanal não afetam apenas a biodiversidade e a população local, mas o país e o mundo perdem a maior área úmida do planeta. É preciso ações efetivas, pois já estamos com áreas maiores que as queimadas registradas em 2020, e com o fogo fora da região da Serra do Amolar (Corumbá), onde estava concentrado até agora”, apontou Cyntia Santos, analista de conservação do WWF-Brasil. “Infelizmente, estamos diante de um cenário crítico e vivenciando o maior período de seca dos últimos anos.”

Cerrado

No Cerrado, foram registrados 7.463 focos de queimadas no mês de julho deste ano. O número representa um aumento de 15% em relação ao mesmo mês de 2023, quando foram contabilizados 6.459 focos, e é o maior desde 2016. O registro é 11% maior que a média dos três anos anteriores (6.709 focos).

Mais da metade das queimadas no bioma se concentraram em dois estados: Maranhão, com 2.106 focos (27%), e Tocantins, com 1.874 focs (26%). Ambos pertencem ao Matopiba, região que também inclui o Piauí e a Bahia e que abriga atualmente a principal fronteira de expansão agrícola do país.

No acumulado do ano, foram registrados 20.692 focos de incêndio no Cerrado. É o maior valor para o período desde 2010 e representa um aumento de 23% em comparação com os primeiros sete meses de 2023. O número também é 22% maior que a média dos três anos anteriores (2021 a 2023).

Fonte: Um Só Planeta

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