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Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo anunciaram durante a COP27, no Egito, a criação da aliança dos países detentores das maiores florestas tropicais do mundo. A iniciativa é consequência de tratativas iniciadas durante a COP26, em Glasgow, continuadas na reunião de ministros do meio ambiente do G20, em Bali, em agosto, e aprofundadas durante a pré-COP, em Kinshasa, no mês passado. O texto final do Comunicado Conjunto deve ser divulgado nesta semana, conforme o governo brasileiro.
O objetivo da criação da coalizão é valorizar a biodiversidade dos países e promover remuneração justa pelos serviços ecossistêmicos prestados pelas três nações – especialmente via crédito de carbono de floresta nativa. A aliança sinaliza para a comunidade internacional que o tema da conservação e uso sustentável desse ativo ambiental deve ser capitaneado por aqueles que detêm as principais florestas do mundo.
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Em agosto, durante reunião bilateral entre os ministros Joaquim Leite e Luhut Binsar Pandjaitan, da Indonésia, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) apresentou políticas ambientais desenvolvidas ao longo dos quatro últimos anos, como a defesa da criação do Mercado Global de Carbono, na COP26, o decreto que estabelece o Mercado Brasileiro Créditos de Carbono, o Programa Metano Zero e o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais Floresta+.
Na ocasião, o representante da Indonésia reconheceu a liderança do Brasil e mencionou que as boas práticas brasileiras poderiam ser replicadas em seu país e na República Democrática do Congo. Pandjaitan reafirmou ainda o desejo de oficializar a criação do grupo, proposta pelo Brasil em Glasgow, dessa aliança entre os três maiores detentores de florestas tropicais.
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O anúncio foi feito pelo secretário de Clima e Relações Internacionais do Ministério do Meio Ambiente, Marcus Henrique Paranaguá, pelos vice-ministros da Indonésia e da República Democrática do Congo. “Estamos muito felizes em anunciar esse acordo no qual temos trabalhado duro desde o ano passado. Os ministros dos três países reconhecem a importância de cuidar das maiores florestas tropicais do mundo”, afirmou Paranaguá.
Fonte: Um Só Planeta