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Em 2022, o número de cervejarias no Brasil chegou a 1.729 estabelecimentos, crescimento de 11,6% em relação ao ano anterior, mostram dados do Anuário da Cerveja, divulgados pelo Ministério da Agricultura nesta quarta-feira (5/7).
O destaque ficou com Minas Gerais que, com aumento de 33 cervejarias registradas. Com esse número, o Estado superou Santa Catarina em 2022 e alcançou a terceira posição no ranking com 222 estabelecimentos. São Paulo se mantém como o primeiro Estado com maior número de cervejarias registradas, com total de 387 estabelecimentos, seguido do Rio Grande do Sul com 310 cervejarias.
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Segundo o levantamento, a tendência de concentração de cervejarias na região Sudeste permanece, que conta com 798 estabelecimentos registrados, o que representa 46,2% do total de cervejarias do Brasil. Já a região que teve o maior crescimento relativo no ano foi a Norte, que apesar de contar apenas com 36 estabelecimentos, teve uma expansão de 20% no número de estabelecimentos registrados em comparação a 2021.
O número de municípios com pelo menos uma cervejaria também aumentou e agora um a cada oito municípios brasileiros possuem pelo menos uma cervejaria registrada. Isso quer dizer que são 722 municípios brasileiros com pelo menos uma cervejaria, o que representa um aumento da dispersão em 7,4% se comparado a 2021, quando havia ao menos uma cervejaria em 672 municípios brasileiros.
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Acre, Amapá e Roraima seguem sendo as únicas unidades federativas que possuem apenas um município com presença de cervejaria.
Produtos
As cervejarias brasileiras alcançaram 42,8 mil produtos e 54,7 mil marcas de cerveja. Em relação a novos produtos, houve um crescimento de 19,8 % ao total registrado em 2021.
A exemplo do que ocorre para estabelecimentos registrados, há uma concentração de produtos nas regiões Sul e Sudeste, com a marca de 91,8% de todos os produtos registrados em cervejaria do país.
São Paulo lidera como o Estado com maior número de marcas nos registros de cerveja (16,5 mil) e maior número de produtos registrados (12,3 mil).
Exportação
Segundo dados do Anuário da Cerveja, que houve uma pequena redução da exportação brasileira em 2022 relativa a 2021. No ano passado, foram exportados 200,5 milhões de quilos do produto, queda de 16,8%. A redução no volume exportado também repercutiu no valor total das exportações brasileiras, que faturou US$ 120 milhões, uma redução de 8,7%.
Apesar da redução, o produto exportado foi valorizado em 9,1%, saindo do preço médio de 0,55 US$/Kg para 0,60 US$/Kg em 2022. Outro aspecto positivo é a expansão do mercado brasileiro de exportação de cerveja. Em 2022, o Brasil vendeu cerveja para 79 países diferentes, igualando à maior marca do período estudado, verificada em 2020.
A América do Sul segue sendo o principal parceiro econômico na compra da cerveja brasileira, correspondendo a 98,4% das vendas, tendo o Paraguai como principal destino, seguido por Bolívia, Argentina, Uruguai e Chile.
Sobre as importações os dados do anuário apontam redução de 19% no volume no ano passado, para 14,8 milhões de quilos.
De acordo com o ministério, as compras estão menores muito provavelmente pela maior oferta de produtos nacionais.
O estudo verificou também a menor diversidade na origem dos produtos, com 21 diferentes países exportadores de cerveja ao Brasil em 2022.
O maior mercado de importação brasileiro de cerveja em 2022 foi a Bélgica, alcançando o montante de US$ 4,4 milhões em produtos, o que representa 34,3% do valor total de importações brasileiras de cerveja.
Mercado em expansão
O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos e deve alcançar, em 2023, o volume de vendas de 16,1 bilhões de litros, um crescimento de 4,5% em relação a 2022, de acordo com dados da empresa de mercado Euromonitor International, encomendado pelo Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv).
A cadeia produtiva da cerveja contribui com mais de 2 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos e geração de 2% do Produto Interno Bruto Nacional. Para cada emprego em uma cervejaria são criados 34 novos postos de trabalho em toda a cadeia produtiva, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em números, a cadeia gera mais de R$ 27 bilhões em salários e é responsável por mais de R$ 49,6 bilhões (base 2022) de tributos por ano.
Fonte: Globo Rural