Anúncios
Nem mesmo a recente, porém discreta, redução no valor cobrado pela gasolina ameniza o impacto que o combustível tem na vida dos brasileiros e, em específico, o botucatuense. Com preço já na casa dos R$ 4,60 o litro, o motorista chega a pagar mais de R$ 200 para completar o tanque.
Anúncios
A estimativa é aplicada quando se calcula os gastos referentes a um veículo popular, cuja capacidade do tanque é de 40 litros. Na última semana foi possível encontrar preços mínimos da gasolina em R$ 4,49 e máximo de R$ 4,57 – em um posto na Vila dos Lavradores.
Os valores são 1,78% maiores do que os pesquisados pela última sondagem da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Pesquisa realizada entre 13 e 19 de maio, apontou que a média contabilizada era de R$ 4,30 – com preço mínimo de R$ 4,09 vendido em um posto bandeira branca, e máximo de R$ 4,49, onde o estabelecimento possui como distribuidora a Raízen.
Anúncios
Os reajustes constantes, que chegam a ser estimados em mais de 30% em um ano, se devem à nova política de preços da Petrobras, estatal que detém o monopólio da produção dos combustíveis derivados do petróleo no país. As mudanças – aumento ou redução – ocorrem quase que diariamente e seguem o mercado internacional. Nos últimos dezessete dias, por exemplo, foram onze aumentos consecutivos da gasolina e do óleo diesel. No caso dos veículos de passeio, os motoristas contabilizaram alta de 16,07% entre abril e maio.
Mesmo assim, a Petrobras anunciou na terça-feira, 22, a redução de 2,08% para a gasolina e 1,54% para o diesel. Com isso, as refinarias passam a vender os produtos a R$ 2,043 e R$ 2,33, respectivamente, sem a incidência de impostos.
Em junho de 2017, por exemplo, o litro da gasolina custava em média
R$ 3,80. Para completar um tanque com gasolina, naquele período, o motorista desembolsava R$ 152. O primeiro impacto nos preços deu-se com o aumento das alíquotas do PIS (Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
Como forma de amenizar o impacto dos preços, o governo federal deixará de cobrar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) apenas para o óleo diesel. Quanto à gasolina, nada definido a respeito.
Etanol beira os R$ 2,90 e se torna vantajoso
Outro produto que tem relação direta com as oscilações de mercado, o etanol, segue, mesmo que discretamente, a tendência de altas pontuais. Nos últimos dois meses
era possível encontrar o produto com média de até R$3,20 por litro. Mas, segundo a última pesquisa da ANP (de 13 a 16 de maio), o combustível de origem vegetal é encontrado com mínima de R$ 2,69 – em um posto na Vila Maria, e máxima de R$ 2,89, praticado em quatro estabelecimentos de Botucatu.
Com as constantes altas da gasolina, o produto tem se tornado alternativa na hora de abastecer. No atual patamar, é vantajoso abastecer com etanol. Pelo cálculo de divisão (preço etanol/ preço gasolina), os valores chegam a dar média de 0,63 – a gasolina só é mais vantajosa quando este resultado passa de 0,70. O cálculo é feito pelos motores movidos a gasolina apresentarem rendimento melhor daqueles movidos a etanol, tanto em áreas urbanas, quanto nas rodovias.
Fonte: Jornal Leia Notícias por Flávio Fogueral