26 de dezembro, 2024

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Botucatu: Vazamento de fotos de corpo carbonizado revolta amigos e familiares da vítima

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O assassinato brutal de Diego Leandro Correa Borges, de 32 anos, na madrugada da terça-feira (3) chocou a cidade de Botucatu e foi o assunto mais comentado durante a semana.

O corpo carbonizado de Diego, foi encontrado por uma testemunha que passava por uma área de pasto no Jardim Brasil. A GCM foi chamada e encontrou o cadáver. Além da Guarda, Polícia Civil e Militar, além da Perícia Técnica estiveram no local e registraram em fotos, detalhes do corpo e vestimentas da vítima que ajudassem na identificação.

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Porém nos últimos dias, as fotos que mostram detalhes de como ficou o corpo de Diego, chegaram via WhatsApp até amigos e familiares.

Diego morava em Botucatu, mas sua família é de Itatinga e as fotos chegaram circulam pela rede social entre os conhecidos da vítima.

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“Até uma amiga nossa em comum de Pardinho viu. Essas fotos chegaram a mim por pessoas dos grupos de Itatinga. Tristeza, ele não merecia um fim desses”, disse uma amiga de Diego ao Leia Notícias.

Mas o que muita gente não sabe é que compartilhar fotos de pessoas mortas vítimas de acidentes ou homicídios é crime. Está previsto no Código Penal, no artigo 212 e é denominado vilipendio de cadáver e tem pena prevista de um a três anos de detenção e multa.

O objetivo é tutelar o sentimento de respeito aos mortos.

O ato de vilipendiar significa aviltar, ultrajar e pode ser praticado de várias maneiras tais como pelo uso de palavras, gestos, inclusive a divulgação de fotografias. Na esfera cível os familiares que se sentirem lesados com a divulgação de fotografias de seus entes queridos podem pleitear indenização por danos morais.

Prisão do suspeito

A Polícia Civil de Botucatu prendeu na quinta-feira (6) R.F.S.S. (apenas iniciais foram divulgadas), 29 anos, suspeito de assassinar com requintes de crueldade, na madrugada de terça-feira (3), Diego Leandro Correa Borges, de 32 anos.

Segundo o delegado Celso Olindo, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), ele não confessou o crime, mas o delegado Geraldo Franco Pires reuniu indícios de sua participação refazendo os últimos passos da vítima e a Justiça decretou sua prisão temporária.

Olindo conta que o suspeito foi visto discutindo com Diego em um bar no Jardim Brasil. Depois do fato, os dois voltaram a conversar. “Ele fala que a vítima quis marcar um programa com ele e ele não quis e que depois eles resolveram sair para usar drogas”, diz.

De acordo com o relato de R.F.S.S., os dois teriam seguido até as proximidades do pasto onde a vítima foi encontrada pela manhã carbonizada e com lesão na cabeça. Contudo, o suspeito alega que, depois de usarem entorpecente, cada um seguiu seu caminho.

Olindo revela ainda que contradições entre os depoimentos dele e de testemunhas indicam que o crime possa ter sido motivado por dinheiro. “As investigações prosseguem”, explica.

Fonte: Leia Notícias com informações JCNET

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