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Nesta terça-feira (20) o COMUTUR (Conselho Municipal de Turismo de Botucatu) emitiu uma nota de repúdio e divulgou imagens de vandalismo e depredação em diversos pontos turísticos da cidade.
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As Cachoeiras da Marta, Indiana, Pavuna e a Igreja de Santo Antônio no Morro de Rubião Júnior foram vandalizadas por visitantes.
Dentro de propriedade particulares, as cachoeiras Indiana e Pavuna têm visitação permitida e correm o risco de perder o acesso ao público, caso as ações de vandalismo continuem.
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Trabalhamos constantemente para criar estratégias e privilegiar a educação ambiental e levar as pessoas a terem um contato com o ambiente natural da nossa Cuesta. Contribuímos para romper com condicionamentos sociais inscritos nos hábitos de indivíduos acostumados com a cultura dos centros urbanos. Realizamos trabalhos constantes nas cachoeiras e atrativos naturais afim de sensibilizar e conscientizar seus frequentadores em relação às questões ambientais. Nosso objetivo é que as pessoas aprendam a utilizar de maneira sustentável o patrimônio natural e cultural, incentivar sua conservação e buscar a formação de uma consciência ambiental promovendo o bem-estar das populações.
Cristiano Vieira – Presidente do Comutur e idealizador do grupo SOS Cachoeiras da Cuesta
Ativistas ambientais de Botucatu também lamentam a situação dos pontos turísticos da Cuesta:
Quem depreda, grava nomes e desenhos ou faz qualquer dano a árvore está cometendo um crime ambiental e contra o patrimônio público. O ato de desenhar, escrever ou pintar o tronco pode prejudicar a saúde da árvore ou mesmo matá-la, além de alterar a paisagem natural (poluição). Essa prática precisa ser extinta o mais rápido possível. Blitz e campanhas educativas, diálogos sobre visitação responsável à ambientes naturais precisão estar dentro da agenda municipal de educação e turismo. Existem outras formas de registrar as vivências como fotos e vídeos. Esse tipo de atitude é vandalismo.
Patrícia Shimabuku, docente e ativista socioambiental
Eu penso que essas atitudes são deploráveis, menos pelas artes e desenhos, coisas que expressam a capacidade criativa humana e mais pelos locais escolhidos para estas ações. As rochas das cachoeiras, os troncos das arvores obviamente não são os locais apropriados para intervenções artísticas, sejam elas de bom ou mau gosto. As rochas, as cachoeiras, as arvores, a natureza são em si expressões artísticas da biologia evolutiva de nosso planeta. Não carecem da criatividade humana para serem aperfeiçoadas esteticamente. Não atribuo no entanto somente a quem pratica esses atos deploráveis. Mas também a nossa sociedade que oferece cada vez menos aos jovens formação cultural critica. São atos de vandalismo que demonstram o baixo treinamento cidadão e consciência de aonde se está no mundo. Como encaminhar uma solução? Educação critica, cuidado e fiscalização com nossos patrimônios, tanto materiais como imateriais. E para isso tem que ter vontade politica e dinheiro.
Felipe Martins – AAVA(Associação dos Amigos do Vale do Aracatu) Vice Presidente do Condema (Conselho Municipal de Meio Ambiente)
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