18 de julho, 2025

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Botucatu: Unesp – proposta de reajuste salarial de 2,2% segue indefinida

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Servidores da Universi­dade Estadual Paulista (Unesp) devem ter mais um ano de reajuste com índice abaixo da inflação. Proposta apresentada na segunda-feira, 27, pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp), estabelece aumento de 2,2% nos salários para este ano.

Uma assembleia entre os servidores da Unesp de Botucatu (que engloba as Faculdades de Medi­cina; Medicina Veteriná­ria e Zootecnia; Ciências Agronômicas e Instituto de Biociências, além da Administração Geral) deve ocorrer ainda esta semana para debater a proposta.

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O percentual foi defini­do após a terceira rodada de negociação entre os reitores, representantes dos funcionários e sindi­catos das categorias das três universidades. Na Universidade de São Pau­lo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o novo valor deverá ser apresentado aos conselhos universitá­rios e aplicado de forma retroativa.

No entanto, o caso re­ferente à Unesp torna-se mais delicado, já que a reitoria da universidade não sabe se aplicará ime­diatamente o novo per­centual aos mais de 6.450 funcionários e 3.750 pro­fessores. O motivo seria o déficit orçamentário estimado em mais de R$ 300 milhões e que com­prometeu até mesmo o pagamento do décimo terceiro salário a mais de 12.500 servidores na ati­va e aposentados, regidos sob o sistema autárquico, no total estimado de R$ 130 milhões.

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Segundo a Unesp, o va­lor proposto pelo Cruesp impactará o orçamento deste ano em R$ 45 mi­lhões, somando-se os doze meses de salários e o décimo terceiro, além de férias. “Após a provisão integral do 13º salário do ano de 2019, permitindo seu pagamento a todos os servidores docentes e técnico-administrativos, celetistas e autárquicos, e dependendo da evolu­ção da arrecadação do ICMS, será determinado o melhor momento para aplicar o dissídio de 2,2% aprovado pelo CRUESP na reunião ocorrida com o Fórum das Seis”, frisou o reitor Sandro Roberto Valentini, por meio de nota oficial emitida por seu gabinete.

“Apenas para conheci­mento da comunidade, o valor de 2,2% do reajus­te impactaria a folha de pagamento anual da Uni­versidade em cerca de R$ 49 milhões, considerando 12 meses mais 13º tercei­ro salário e férias consti­tucionais”, frisou.

Ainda pela nota, a Unesp explica que ou­tro fator determinante para a indefinição foi o acordo, firmado em abril junto com as secretarias estaduais de Desenvol­vimento Econômico, da Fazenda e Planejamen­to, além da Saúde, para o ressarcimento à folha de pagamento de 664 servidores na ativa e que estão lotados no Hospital das Clínicas de Botucatu (atualmente uma autar­quia estadual sem vincu­lação administrativa com a universidade), o que totalizou R$ 83 milhões anuais.

“Esse valor, somado aos R$ 25 milhões já provisio­nados para o pagamento do 13º salário do exer­cício atual, já perfazem 67% do valor total do 13º salário de 2019. Com esse aporte de recursos e o esforço da Unesp de equilibrar as despesas, espera-se, prioritaria­mente, cumprir com o pa­gamento integral do 13º salário de 2019 a todos os servidores durante o presente exercício”, sa­lienta a nota.

No ano passado a pro­posta de reajuste foi de 1,5%, o que motivou a uma greve que durou menos de um mês. Na ocasião, os servidores reivindicavam aumentos reais dos valores. A cate­goria pedia o reajuste de 3% para reposição infla­cionária já que alegavam perdas estimadas de 16% no valor do salário.

Jornal Leia Notícias – Flávio Fogueral

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