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Uma tutora de 7 animais, e ativista da causa animal de Botucatu, entrou em contato com o Jornal Leia Notícias para alertar sobre os riscos da dedetização para quem tem animais em casa.
Ana Paula é moradora da Vila Nogueira e possui 4 gatos e 3 cães em sua casa. Para combater pragas urbanas e solucionar uma infestação de baratas, ela contratou uma empresa de dedetização da cidade.
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A tutora conta que o serviço foi feito na manhã da segunda-feira (21), e a única orientação da equipe, era que os animais deveriam ficar fora da residência por duas horas, e em seguida poderiam retornar.
Ana foi com os animais para a casa de uma vizinha e permaneceu lá pelo tempo determinado pelos profissionais. ” Quando retornei percebi que o cheiro dos produtos estava muito forte. Acho que os animais, que são mais sensíveis, começaram a sofrer com náuseas.”
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Ana disse que apesar de saber que o jardim seria dedetizado, não foi informada que o produto ficaria por mais tempo nas plantas e colocaria seus animais em risco. Dois cães acabaram comendo as plantas e em seguida, apresentaram vômito com muita espuma.
“Corri para o Hospital Veterinário e foram diagnosticados com intoxicação causada por veneno. Se eu soubesse que as plantas ficariam nocivas a saúde deles, não deixaria. È comum cães e gatos procurarem gramas e folhas quando estão nauseados”.
Ana conta que no primeiro momento entrou em contato com a empresa e não teve uma atenção sobre o caso. ” O proprietário disse que cães não comiam plantas e que os produtos tinham liberação da Anvisa”.
Mas em seguida, outra representante da empresa entrou em contato e afirmou que arcaria com os custos da internação dos animais.
Os cães seguem internados mas o estado de saúde deles é estável e não correm risco de morte.
” Como ativista da causa animal em Botucatu quero que nosso caso sirva de alerta para que novos animais não se intoxiquem durante a dedetização. Os produtos podem ser liberados, mas o cheiro é forte e no meu caso, se soubesse na aplicação nas plantas, jamais teria permitido”, desabafou a tutora.
Por que o cachorro come grama ou plantas?
Cachorro come grama o tempo todo, você já deve ter visto isso. Trata-se de uma situação que acontece com bastante frequência com alguns cães, mas você sabe por que isso ocorre?
Esse comportamento do cachorro é uma medida extrema para que ele alivie a dor no estômago, algo que ele comeu e não está fazendo bem, e a grama funciona como um limpador na barriga do animal.
As plantas são consideradas ervas medicinais, portanto se o cachorro come grama é porque ele sente dor no estômago e isso evita que ele vomite e coloque tudo para fora. Com isso, ele aliviar a dor intestinal.
O uso de veneno costuma ser um tabu nas residências onde há cães e gatos. E se o pet entrar em contato com o produto? Ele terá problemas de saúde?
Dicas para proteger seu pet após a desinsetização
Sim, as substâncias utilizadas no controle de insetos podem ser tóxicas para animais de estimação. É por isso que você deve tomar alguns cuidados após a imunização do ambiente. Veja o que fazer.
1. Isole a área
Existem diferentes métodos para o controle de pragas. Quando há aplicação de gel ou iscas, não é preciso deixar o local. Porém, se a prática envolver a pulverização de domissanitário líquido, então a área deve ficar isolada por 12 horas. Esse é o período necessário para o produto secar.
Os cachorros e os gatos costumam ser mais sensíveis aos químicos. Assim, recomenda-se que eles fiquem longe por mais tempo, em torno de 24 horas. A essa altura, a toxicidade já terá baixado a um nível tolerável.
2. Dificulte o acesso dos animais de estimação às áreas dedetizadas
O veneno em gel é bastante eficaz contra baratas e formigas. O uso geralmente ocorre em cozinhas e despensas, onde há grande concentração de alimentos.
Quando os profissionais aplicam o material, eles procuram pontos como frestas de paredes, quinas de móveis e cantos escuros. Esses são os refúgios preferidos das pragas urbanas, justamente porque a colônia fica protegida de predadores.
Verifique se seu amiguinho de quatro patas tem acesso fácil a esses locais. Se for o caso, restrinja a circulação do peludo. Instale barreiras físicas ou, simplesmente, tranque as portas do cômodo dedetizado.
3. Delimite uma zona segura para o pet
Para facilitar o monitoramento dos pets, determine um lugar em que seus bichinhos possam movimentar-se livremente. Vale o quintal, a sala de estar ou outra peça da residência.
Certifique-se de que não haja ralos no perímetro. As baratas atingidas pelo domissanitário ficam tontas e algumas escapam por essas aberturas. Então, no momento em que seu animal de estimação entrar em contato com o inseto, poderá ingerir um pouco da substância tóxica.
4. Remova insetos mortos
Aliás, a atenção aos felinos deve ser redobrada. Isso porque eles adoram brincar com baratas, borboletas e outras criaturas menores.
Mesmo que o bichano não coma a presa, o simples fato de capturá-la e manipulá-la pode ser motivo de preocupação. Por isso, o ideal é que seu gatinho se entretenha apenas com arranhadores, bolas de borracha e acessórios do tipo.
Fique de olho. Nos dias seguintes à dedetização, é comum encontrar insetos mortos sobre o piso e os móveis. Ao ver um deles, remova-o imediatamente e lave a superfície com água e sabão. Essa medida diminui os riscos de intoxicação.
5. Observe os vizinhos
Mesmo os animais domésticos mais bem tratados dão uma fugidinha até o terreno ao lado, né? Esse hábito ocorre com frequência em condomínios residenciais e bairros onde as casas são divididas apenas por uma cerca.
Seu cachorro tem direito de correr e se divertir pelo quarteirão, mas tome cuidado. As mesmas regras que valem para você vigoram quando seu vizinho recorre à desinsetização.
Mantenha o pet em casa durante alguns dias. Isso evita um eventual passeio por áreas envenenadas. Em paralelo, monitore o pátio e as aberturas da residência, já que insetos intoxicados tentarão migrar até o local seguro mais próximo.
Segurança na dedetização diminui riscos de envenenamento de pets
Com a devida cautela, você não tem por que se preocupar. Seu lar estará livre de formigas, baratas, pulgas, escorpiões, carrapatos, traças e aranhas. Os únicos animais bem-vindos serão cães e gatos.
No entanto, bem sabemos como a mascote da família pode ser curiosa. Os peludos comem o que não devem, atravessam janelas e invadem locais perigosos simplesmente porque querem explorar o mundo ao redor. Nem sempre é possível frear os ânimos dessas criaturinhas.
Aí acontece o que não deveria: o pet lambe uma parede cheia de domissanitário ou engole um inseto morto pelo veneno. E agora?
Bem, em geral não há transtorno. A quantidade de substância tóxica ingerida é tão pequena que dificilmente afetará o organismo do animal. Além do mais, os produtos de imunização têm um sabor amargo, desagradável ao paladar dos mamíferos. Ou seja, o Totó não vai devorar um móvel dedetizado como se fosse ração.
Ainda assim, vale a pena conhecer os sintomas de intoxicação dos animais. Eles incluem:
- Vômito;
- Falta de apetite;
- Salivação excessiva;
- Diarreia;
- Tremores;
- Convulsões;
- Falta de coordenação motora;
- Sangramentos;
- Manchas vermelhas ou roxas na pele.
Frente a esses sinais, leve seu animal de estimação até um consultório veterinário. Os profissionais de plantão conseguirão realizar o procedimento mais adequado.
Tenha em mãos o nome do domissanitário empregado no serviço de dedetização. Conhecendo o produto que causou o envenenamento, fica mais fácil entender as reações do bichinho.
Por isso, na hora de escolher a imunizadora, pesquise a reputação da marca. A empresa deve utilizar substâncias autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também é importante que a equipe forneça relatórios técnicos sobre o serviço, informando as espécies invasoras identificadas, os procedimentos realizados e o tipo de veneno administrado no local.
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