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Os membros do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas, propuseram em audiência, nesta semana, que os metalúrgicos do setor aeronáutico em Botucatu e São José dos Campos tenham um reajuste salarial de 3,25%.
A Embraer foi representada na audiência do TRT por advogados da Fiesp. As discussões para a definição de quando será aplicado o aumento real continuarão no próximo dia 12 de dezembro, em nova audiência no TRT de Campinas.
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“A proposta do TRT representa 1,73% equivalente à inflação (retroativo a 1º de setembro) mais 1,5% de aumento real a ser aplicado em data ainda não definida pela empresa e concordância das entidades”, explicou Roque Fabiano, diretor do Sindicato e funcionário da Embraer.
O TRT propôs ainda a renovação de todos os direitos que compõem a Convenção Coletiva. A Embraer havia concedido apenas 1,73% de reajuste. Esse índice foi rejeitado pelos trabalhadores das fábricas de Botucatu e de São José dos Campos.
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Miguel Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, e José Carlos Lourenção, também do Sindicato, disseram que os trabalhadores aprovaram o encaminhamento de aumento real, considerando a cessão de benefícios salariais feitos no ano passado pelos trabalhadores, quando a companhia produtora de aviões foi condenada em multa milionária por corrupção nos Estados Unidos, na venda de aviões militares.
SETOR DO ÔNIBUS
Enquanto a data base dos metalúrgicos da Embraer é em Setembro, dos demais metalúrgicos da produção de ônibus e peças automotivas de Botucatu é novembro.
As empresas já informaram ao Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu que as empresas da cidade e região concordaram em pagar um reajuste de 1,83%, porém algumas reivindicam o pagamento em abonos.
“A maioria das empresas de Botucatu vão optar pelo pagamento do índice de 1,83% retroativo a novembro, mas algumas empresas podem optar por pagar três abonos. Um em dezembro, outro em fevereiro, e o último em abril. No mês de agosto de 2018 inclui na folha de pagamento 1,83%”, informou José Carlos Lourenção.
O sindicalista afirma que em Botucatu, e muitas cidades da região, as pequenas metalúrgicas e empresas mecânicas e elétricas estão com dificuldades na comercialização de seus produtos, fruto da crise econômica que domina o país.
Fonte: Jornal Leia Notícias