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Dados do relatório Observando o Tietê, que foi divulgado nesta terça-feira (22) pela Fundação SOS Mata Atlântica, revelam que, pela primeira vez desde 2010, coletas realizadas em ponto de monitoramento de trecho do rio Tietê em Botucatu resultaram na classificação da qualidade da água como “boa”. Em Barra Bonita, onde também existe um ponto de coleta, a qualidade da água se manteve “regular”, a exemplo do ano passado.
O relatório mostra a evolução dos indicadores de qualidade da água na bacia hidrográfica do rio Tietê, com base nos dados do monitoramento mensal realizado em 83 pontos de coleta, distribuídos em 47 rios, nas bacias do Alto Tietê, Médio Tietê, Sorocaba e Piracicaba, Capivari e Jundiaí, no período de setembro de 2019 a agosto de 2020. Os trechos abrangem 102 municípios. Além de Botucatu, apenas outros dois trechos do rio foram classificados como bons no estado – em 2019, eram só dois.
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“A extensão de trechos com qualidade de água boa aumentou em pontos diferentes ao longo do rio, nas áreas de cabeceira e na região de Botucatu, no início do lago do reservatório de Barra Bonita. A qualidade de água ruim, imprópria para usos e inadequada para a vida aquática, ficou divida em dois trechos, totalizando 150 km de extensão – o que representa 26% do trecho monitorado de 576 km, da nascente do rio, em Salesópolis, até o município de Barra Bonita, à jusante da eclusa, na hidrovia Tietê-Paraná”, cita o documento. Em 2019, a mancha de poluição atingiu 163 quilômetros.
Para a SOS Mata Atlântica, a pandemia da Covid-19 influenciou na melhora da qualidade da água do Tietê, na medida em que obrigou a sociedade a mudar hábitos. “Essa mudança de comportamento acabou contribuindo com a redução de poluição difusa – como o lixo, fuligem de veículos e defensivos agrícolas. Porém, acarretou no aumento da pressão por uso da água, detergentes, saponáceos e produtos de limpeza”, diz. Neste ano, não há trechos com qualidade “péssima” no rio Tietê.
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Fonte: Jcnet