Anúncios
A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) iniciará por Botucatu um projeto pioneiro, em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que usa inteligência artificial (IA) e o calor gerado pela eletricidade para verificação das condições da rede instalada no município.
Com investimento de R$ 2 milhões, o projeto Thermovision foi criado pelo setor de pesquisa e desenvolvimento da empresa. O objetivo é analisar potenciais aquecimentos acima do padrão no sistema de distribuição. A partir de uma análise preliminar, será possível realizar manutenção preventiva do local afetado antes de qualquer falha. Por meio da iniciativa espera-se reduzir quedas bruscas de energia e acidentes relacionados.
Anúncios
A apresentação ocorreu nesta semana, onde foram detalhadas as tecnologias empregadas e as ações de testes. Trata-se de um veículo moderno de inspeção termográfica, que tem por objetivo a manutenção preventiva, identificando pontos de aquecimento para intervenção de manutenção antes da ocorrência de uma falha.
O projeto terá sua fase experimental realizada em Botucatu nas próximas semanas. Um veículo totalmente adaptado e equipado com quatro câmeras termossensíveis percorrerá os diferentes pontos programados pela empresa. A partir da análise das câmeras (importadas dos Estados Unidos e com capacidade de captação em 360 graus), as imagens serão enviadas a uma central informatizada no mesmo veículo, para a análise das informações. Com isso, a empresa terá relatórios e projeções de potenciais falhas.
Anúncios
Segundo Marcelo Rodrigo da Silva, coordenador de operações de campo, a empresa já realiza estas ações há duas décadas, mas com alto custo operacional. A intenção é reduzir e tornar a medição mais eficaz. “A CPFL já usa a tecnologia com termodinâmica, mas essa iniciativa demandava uma operação complexa com equipes próprias. Ou seja, é um trabalho que a empresa realiza e que passa por um intenso processo de atualização. Os dados obtidos nos proporcionarão atuar antes mesmo que uma falha na rede venha a ocorrer”, explica.
Segundo o executivo, a escolha de Botucatu para receber a primeira etapa do projeto deve-se a questões técnicas. Ao todo, o município concentra mais de 1.700 quilômetros de fiação instalada. Após as avaliações de eficácia do novo sistema, outras aplicações poderão ser incorporadas ao veículo. A expectativa é que a segunda etapa da iniciativa ocorra já no próximo ano.
A regional da CPFL atende, além de Botucatu, os municípios de São Manuel, Itatinga, Pratânia, Bofete e Pardinho.