27 de dezembro, 2024

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Botucatu tem 1º caso de zika confirmado

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A Secretaria de Saúde de Botucatu informa que foi confirmado o primeiro caso positivo de zika vírus no Município. Trata-se de um caso importado. Uma mulher de 56 anos, moradora do Jardim Paraíso, foi infectada na cidade de Cáceres (MT), após viagem feita no fim do ano passado. De acordo com relatos da própria paciente infectada, os primeiros sintomas da doença surgiram antes mesmo do seu regresso a Botucatu, no início deste mês. Ela não precisou ser internada e se recuperou em menos de uma semana.
 
De acordo com a Vigilância Ambiental em Saúde (VAS), todas as medidas de investigação epidemiológica já foram tomadas como forma de rastrear possível proliferação da doença. Ainda assim, uma nova busca ativa será realizada no entorno do local onde reside esta primeira paciente de zika no Município. 
 
A zika é mais uma doença viral aguda, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. Apesar de ser mais branda que a dengue, há relatos de que o vírus zika esteja relacionado ao aumento de casos de microcefalia, em especial no Nordeste do País.
 
“O zika vírus ainda é uma incógnita. As autoridades de saúde pública ainda não têm dimensão o quanto esta doença pode estar disseminada pelo Brasil. Mas todos estão atuando como sentinelas. O importante é que a população faça a sua parte, eliminando quaisquer recipientes que possam acumular água parada. E diferente do que muita gente pensa, mais de 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti estão presentes nas residências, como em vasos de plantas, piscinas e potes para hidratação dos animais domésticos. Reservando pelo menos dez minutos na semana para checar esses possíveis focos é o suficiente para eliminar um vetor e três doenças: dengue, chikungunya e zika”, alerta o secretário municipal da Saúde, Dr. Claudio Lucas Miranda.
 
Sinais 
O médico infectologista e professor da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), Dr. Carlos Magno Fortaleza, destaca que o mais importante para o controle do zika vírus é manter a capacidade de suspeitar e diagnosticar rapidamente pessoas com a doença para que seja possível efetuar o bloqueio, controlar o vetor e evitar a transmissão.
 
De acordo com o especialista, os sintomas mais comuns causados pelo zika vírus são febre baixa, conjuntivite e muita vermelhidão pelo corpo. “São sintomas que se assemelham aos da dengue, mas de forma mais leve. É diferente da febre chikungunya, que causa inflamação nas articulações e até dificuldade de locomoção, e da própria dengue, que causa dores pelo corpo – mas são mais leves que as da chikungunya”, esclarece.
 
Em Botucatu, o atendimento primário deve ser feito em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou em uma unidade de urgência e emergência. Se houver necessidade, o paciente é encaminhado para avaliação especializada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB).
 
O zika vírus só pode ser transmitido entre três e quatro dias após o início dos sintomas. A partir de uma semana não há mais esse risco e depois desse período a pessoa já pode ser considerada livre da doença.
Quadro de sintomas(1)
 
Zeladoria
Paralelamente, a Prefeitura de Botucatu pretende colocar em prática, no próximo mês de fevereiro, um novo programa voltado a ampliação de serviços de manutenção em bairros da cidade, incluindo um dia apenas para o recolhimento de materiais inservíveis nas residências que possam ser potenciais criadouros de mosquito. A equipe de agentes da Vigilância Ambiental em Saúde participará desta iniciativa conjunta, promovendo orientações, busca ativa e serviços de nebulização, diante da necessidade de cada bairro.
 
Dicas de combate ao mosquito e focos de larvas 
• Manter a caixa d’água sempre fechada e vedada adequadamente 
• Limpar periodicamente as calhas da casa 
• Não deixar acumular água sobre lajes, imperfeições do piso e recipientes 
• Lavar, com escova e sabão, a parte interna e borda de recipientes que possam acumular água (ex: bebedouros de animais) 
• Não expor recipientes à chuva, deixando eles sempre em lugares cobertos e de cabeça para baixo 
• Jogar desinfetante, detergente ou sabão em pó em ralos pouco utilizados 
• Não deixar acumular água nos pratos dos vasos de plantas
 
Mais informações
Vigilância Ambiental em Saúde 
Telefones (14) 3813-5055 / 150 
Horário de atendimento: segunda a sexta-feira – das 7 horas às 16h30
 
Com informações da assessoria de comunicação e imprensa do HCFMB

 

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