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Usuários do transporte coletivo urbano de Botucatu poderão pagar a mais para usufruir deste serviço nos próximos meses. É o que pretendem as empresas concessionárias do serviço atualizaram o custeio de operação em 6,24% (acréscimo de R$ 0,20), conforme consta no Projeto de Lei nº 31, de 3 de junho, que está sob análise da Câmara Municipal.
Ambas concessionárias do sistema de transporte coletivo (Stadtbus e Reta Rápido) apresentaram recentemente suas tabelas de custos, com itens como funcionários, combustíveis, manutenção de veículos, entre outros aspectos, e a incidência inflacionária do último.
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A atual tarifa, de R$ 3,35, está em vigor desde janeiro de 2016, quando o então prefeito João Cury Neto decidiu romper unilateralmente o contrato de prestação de serviços, após série de incidentes, como quebras e constantes atrasos nos trajetos dos ônibus.
Ao assumir a Prefeitura, Mário Pardini decidiu usar o Fundo do Transporte Coletivo, por dezoito meses, a fim de garantir os valores atuais. Neste meio tempo as concessionárias reverteram na Justiça o cancelamento dos contratos.
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Tanto Stadtbus, quanto Reta Transportes, alegam desequilíbrio financeiro e repassaram, em 2018, os custos à Prefeitura. Segundo as empresas, “o reajuste é um mecanismo previsto no edital e no contrato, que independe de solicitação”.
Na planilha (ao lado), apresentada este ano e que está sob análise na Câmara Municipal, a tabela aponta projeção de valor em R$ 3,90, com tarifa inicial em R$ 3,70. O subsídio continuaria em R$ 0,35, fazendo com que a passagem ao usuário fique acima de R$ 3,50. O assunto já recebeu parecer favorável pelas Comissões de Justiça e de Orçamento da Casa e agora está sob análise da Comissão de Obras.
Após os trâmites na Câmara, o reajuste passará por análise do Conselho Municipal de Transportes, de caráter consultivo e composto por vinte membros, sendo dois da Prefeitura, dois da direção das empresas concessionárias, dois funcionários das empresas de transporte, cinco usuários do sistema, dois representantes dos portadores de necessidades especiais e dois representantes dos idosos.
Ainda não há data para que o órgão venha a se reunir, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura.
O atual sistema de transporte público consiste em 43 linhas operantes em dois blocos distintos, que não concorrem entre si. Dados contidos no site da antiga Semutran, atualmente vinculada à Secretaria de Infraestrutura, apontam que somente em abril foram transportados 630.162 passageiros, sendo 117.697 pessoas com direito à gratuidade integral (idosos acima dos 60 anos, deficientes e agentes dos Correios). Ainda, 71.593 das viagens foram cobradas em sistema de passe-estudante e 14.202 tiveram desconto de 50%.
Jornal Leia Notícias por Flávio Fogueral