17 de agosto, 2025

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Botucatu: Sindicato entra com ação judicial para garantir pagamento do 13º salário da Unesp

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A indefinição quanto ao pagamento do décimo ter­ceiro salário aos mais de doze mil servidores (ativos e aposentados), regidos em sistema autárquico, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), ganhou um novo capítulo esta semana. O Sindicato dos Trabalhadores da Unesp (Sintunesp) ingressou com ação na Justiça para o pa­gamento integral do bene­fício.

A ação, ajuizada junto à Vara da Fazenda Pública, na capital paulista, solici­ta que a Justiça mantenha posição favorável aos ser­vidores quanto ao recebi­mento do décimo terceiro salário. Isso porque, se­gundo o sindicato, a reito­ria frisa não haver recur­sos para o pagamento do 13º neste ano, assim como ocorreu no ano passado.

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A justificativa, à época, foi devido ao déficit or­çamentário da Universi­dade, que foi de R$ 231,6 milhões. Com isso, apenas os servidores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) receberam o pagamento. Durante o imbróglio, os mais de doze mil funcionários (entre professores e técnico-ad­ministrativos, na ativa e aposentados) não descar­taram a possibilidade de greve. A administração universitária promoveu, então, parcelamento do débito, chegando até mes­mo a sofrer penalidades da Justiça, como multa diária pelo atraso.

A Unesp administra 34 unidades em 24 cidades, sendo 22 no Interior; uma na Capital, e uma no Lito­ral Paulista, em São Vicen­te. O campus de Botucatu abriga quatro unidades (Faculdades de Medicina, de Medicina Veterinária e Zootecnica, de Ciências Agronômicas e Instituto de Biociências), sendo um dos maiores em estrutura e re­cursos humanos, a situação afeta diretamente mais de 2.500 funcionários. “Se é certo que as atividades da Unesp, como institui­ção de pesquisa, ensino e extensão, não podem ser paralisadas, por outro lado também é certo que não se pode conceber que o pre­ço a pagar para tanto seja penalizar seus servidores, deixando de pagar-lhes o 13º salário, com o que so­brevivem.”, salienta José Francisco Martins, advo­gado do Sintunesp.

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Após o ingresso, a ad­ministração universitá­ria tem prazo de dez dias para se justificar frente à Justiça e ao Ministério Pú­blico do Trabalho (MPT), conforme decisão do Juiz Evandro Carlos de Olivei­ra. No entendimento do Magistrado, a Unesp pre­cisa apresentar argumen­tações frente às causas do não pagamento do décimo terceiro salário aos servi­dores regidos em sistema autárquico.

A Unesp, que atravessa momento financeiro deli­cado, ressalta que “ainda se encontra em desequi­líbrio orçamentário e fi­nanceiro, e isso tem sido relatado de forma transpa­rente à comunidade, tanto nas reuniões do Conselho Universitário, quanto por meio de informes perió­dicos, como os boletins econômicos bimestrais”, de acordo com nota oficial emitida pela Universidade, no mês de setembro.

A Reitoria ressalta que a “Universidade segue fazendo reuniões com o governo do Estado para detalhar a gravidade da situação orçamentária e fi­nanceira da instituição e a ausência de recursos para o pagamento do 13º salário de 2018 para os servidores estatutários, o que nesta data está condicionado a recurso suplementar. Se a suplementação não ocor­rer, o 13º salário dos servi­dores estatutários deverá ser regularizado no ano de 2019”, explica a nota.

Por fim, a própria ad­ministração, gerida pelo reitor Sandro Roberto Valentini, argumenta que “administra a Unesp des­de janeiro de 2017 já sem previsão no orçamento para o pagamento do 13º salário dos servidores es­tatutários, pago com re­cursos do orçamento de 2018, o que teve impacto direto no atual cenário”.

Jornal Leia Notícias por Flávio Fogueral

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