25 abril, 2024

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Botucatu: Servidores e professores da Unesp podem entrar em greve a partir de quinta-feira

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Assembleia marcada para hoje, 4 de junho, poderá indicar mais um movimento de greve por parte dos servidores e professores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em diversos câmpus, incluindo o de Botucatu. A reunião está prevista para às 14 horas, no Sindicato dos Trabalhadores da Unesp (Sintunesp), em Rubião Júnior. A expectativa é que a paralisação da categoria tenha início a partir de quinta-feira, 6.

A motivação para a possível greve seria o percentual de 2,2% ao reajuste salarial correspondente ao ano de 2019, proposto pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp). A USP e Unicamp adotaram o valor, aplicando o mesmo de forma retroativa. O índice foi aprovado após reuniões com sindicatos e entidades representativas de classe.

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Mesmo assim, as negociações prosseguirão, tendo em vista o acompanhamento da arrecadação do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadoria e Serviços) do Estado. “Como previamente definido, o Cruesp propõe ao Fórum das Seis o acompanhamento conjunto da evolução da arrecadação de ICMS do Estado de São Paulo ao longo do primeiro semestre e meados do segundo semestre. Caso a arrecadação, até o final de setembro, atinja R$ 80 bilhões, para uma arrecadação projetada ao ano de R$ 108,2 bilhões, nova reunião do Cruesp com o Fórum das Seis fica desde já agendada para a segunda quinzena de outubro”, salientou o órgão dos reitores, por meio de nota oficial.

No entanto, a Unesp ainda não definiu oficialmente se adotará o percentual aos mais de 6.450 funcionários e 3.750 professores, e nem quando o mesmo seria indexado aos vencimentos. A situação é atribuída à recente crise orçamentária vivida pela universidade, com déficit admitido em R$ 300 milhões. Isso fez com que o décimo terceiro salário de 2018, estimado em R$ 130 milhões, fosse quitado em duas parcelas aos mais de 12.500 servidores e professores contratados em regime autárquico.

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Por causa da situação, a reitoria unespiana definiu que a prioridade será garantir o pagamento integral do décimo terceiro salário de 2019, reiterando que caso o percentual de reajuste salarial fosse aplicado imediatamente, impactaria em R$ 49 milhões na folha de pagamento (incluindo os doze meses, mais o décimo terceiro e férias). “Após a provisão integral do 13º salário do ano de 2019, permitindo seu pagamento a todos os servidores docentes e técnico-administrativos, celetistas e autárquicos, e dependendo da evolução da arrecadação do ICMS, será determinado o melhor momento para aplicar o dissídio de 2,2% aprovado pelo CRUESP”, salientou o gabinete do reitor Sandro Roberto Valentini, também por meio de nota oficial.

Outro fator determinante foi o acordo entre a universidade com as secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico, da Saúde e da Fazenda e Planejamento, para o ressarcimento à folha de pagamento de 644 servidores lotados no Hospital das Clínicas de Botucatu, hoje autarquia vinculada diretamente ao governo estadual. O valor corresponde a R$ 83 milhões. “Esse valor, somado aos R$ 25 milhões já provisionados para o pagamento do 13º salário do exercício atual, já perfazem 67% do valor total do 13º salário de 2019. Com esse aporte de recursos e o esforço da Unesp de equilibrar as despesas, espera-se, prioritariamente, cumprir com o pagamento integral do 13º salário de 2019 a todos os servidores durante o presente exercício”, frisa a reitoria da Unesp.

Mesmo se o reajuste de 2,2% proposto pelo Cruesp for efetuado pela universidade, o valor ficará abaixo da inflação oficial medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para o ano passado, que fechou em 3,75%.

No ano passado a proposta de reajuste foi de 1,5%, o que motivou uma greve que durou menos de um mês. Na ocasião, os servidores reivindicavam aumentos reais dos valores. Na época a categoria pedia o reajuste de 3% para reposição inflacionária, já que alegavam perdas estimadas de 16% no valor do salário.

Segundo Rosana Bicudo, representante do Sintunesp em Botucatu, seria necessário reajuste estimado em 11% para que os salários praticados pela Unesp superassem as perdas inflacionárias. “Todas as categorias de profissionais da universidade apresentam alguma defasagem nos valores, tendo em vista que não há mais uma política salarial efetiva dentro da Unesp. Seria necessário aumento de 11% para que recuperarmos o valor real frente a inflação dos últimos quatro anos”, salientou.

Flávio Fogueral / Jornal Leia Notícias

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