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Cidade será referência nacional na produção de medicamentos para tratamento de câncer e doenças graves
Botucatu passa a ocupar um espaço de destaque no cenário científico e tecnológico do Brasil. O Parque Tecnológico sediou, no dia 8 de setembro, o lançamento oficial do Instituto de Desenvolvimento e Produção de Biossimilares (INCT), que funcionará na V-BioPharma, fábrica-escola localizada junto ao CEVAP/Unesp.
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O novo instituto reúne mais de 100 pesquisadores de 40 instituições brasileiras e tem como objetivo desenvolver medicamentos com tecnologia 100% nacional. O primeiro projeto é voltado à produção de anticorpos monoclonais para o tratamento do câncer de mama.
Inovação com impacto na saúde
Os biossimilares, alternativa já difundida no exterior, são desenvolvidos a partir de medicamentos existentes e transformados em terapias injetáveis de alta precisão. No Brasil, sua produção ainda enfrenta barreiras, especialmente comerciais. Com a criação do INCT em Botucatu, a expectativa é que o País conquiste autonomia científica e industrial, tornando os tratamentos mais acessíveis para a população.
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“A gente vai congregar mais de 100 pesquisadores de 40 instituições brasileiras para desenvolver um medicamento com tecnologia 100% nacional”, afirmou o professor Rui Seabra, coordenador do INCT/CEVAP e diretor científico do Parque Tecnológico Botucatu.
Reconhecimento nacional
Durante o lançamento, o secretário de Inovação do Paraná, Alex Canziani, destacou a relevância do ecossistema de inovação local. “Fiquei impressionado com a estrutura do Parque Tecnológico e todos esses projetos, incluindo agora o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, que com certeza nos inspiram a buscar novas referências ao nosso Estado”, disse.
O diretor executivo do Parque Tecnológico, Daniel Lopes, ressaltou o impacto da chegada do instituto: “A incorporação do INCT reafirma o grau de amadurecimento que o Município tem alcançado em Ciência, Tecnologia e Inovação a nível nacional”.
Próximos passos
Após a inauguração da V-BioPharma em 2024, o projeto entra agora na fase de operacionalização, com a aquisição de equipamentos e capacitação de equipes. A previsão é que as atividades estejam em pleno funcionamento no segundo semestre de 2026.
Além dos anticorpos monoclonais, a fábrica-escola já desenvolve outros produtos inovadores, como o Selante de Fibrina – um biocurativo cicatrizante – e o Soro Antiapílico, destinado ao tratamento de múltiplas picadas de abelhas. Ambos os projetos já contam com cerca de R$ 30 milhões em investimentos para estudos clínicos finais.
O INCT de Botucatu recebeu R$ 8,7 milhões em financiamento do CNPq e conta com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério da Saúde, CAPES, FAPESP e outras instituições estratégicas.
Com a iniciativa, Botucatu reforça sua vocação científica e se projeta como referência nacional na área de biotecnologia, com impacto direto na saúde pública brasileira.