04 de junho, 2025

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Botucatu: Reitores oferecem 1,5% de reajuste para Unesp; servidores cogitam paralisação

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A Universidade Estadual Paulista (Unesp) vive, nas últimas semanas, novo clima de indefinições e possibilidade de greve. As motivações centram no índice de reajuste e equi­dade salarial, subsídios aos estudantes e reposi­ção contínua do quadro funcional.

O índice proposto nes­ta quinta-feira, 17, pelo Cruesp (Conselho dos Reitores das Universi­dades Públicas Estadu­ais) que reúne, além da Unesp, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi de 1,5% para todos os servidores vinculados às instituições de ensino e pesquisa. Em 2017, por exemplo, servidores da USP e Unicamp recebe­ram 3% de reajuste nos vencimentos, enquanto que a Unesp não ofereceu nenhum aumento salarial.

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O valor apresentado nesta quinta-feira é in­ferior ao requerido pelo Fórum das Seis- entidade que reúne sindicatos das três universidades, mais o Centro Paula Souza, mantenedora das Escolas Técnicas Estaduais e Fa­culdades de Tecnologia do Estado. Seria necessá­rio, no caso da Unesp, rea­juste superior a 16% para o alinhamento nos venci­mentos comparativamen­te com os servidores das outras duas universida­des públicas estaduais. A estimativa é do Sindica­to dos Trabalhadores da Unesp, Sintunesp.

Entre as reivindicações da categoria ainda es­tão a falta de reposição e a alta terceirização dos servidores – há três anos a Unesp não abre vagas em concurso, segundo o Sintunesp – e o amparo à permanência estudantil. Tais pleitos, no entanto, sequer chegaram a ser apreciados pelos reitores na reunião.

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Até o início da noite, o Fórum das Seis ainda não tinha deliberado se aceitaria ou não o índice proposto pelos reitores. Independentemente da posição – que pode cul­minar em greve nas uni­versidades -, uma nova rodada de negociações está marcada para o dia 30 deste mês.


Assembleias nos Câmpus do Lageado e Rubião Júnior

Alunos e servidores téc­nico-administrativos reuniram-se em diversos câmpus da Unesp para debater, tanto o reajuste salarial, quanto questões de investimentos em edu­cação e pesquisa. Em Bo­tucatu foram promovidas assembleias em duas oca­siões: na terça-feira (15) e nesta quinta-feira (17), na Fazenda Experimental do Lageado e em Rubião Júnior.


Unesp atrasou pagamento o 13º salário

Uma das mais graves cri­ses de financiamento da universidade afetou di­retamente o vencimento dos servidores – entre técnico-administrativos e professores – contrata­dos no sistema de autar­quia da Unesp. No final de 2017 foi oficializado que a universidade não efetu­aria o pagamento do déci­mo-terceiro salário.

Mais de 12.700 servido­res na ativa e aposentados – sendo 2.500 em Botuca­tu – seriam afetados pelo “calote”. Não estava des­cartada a possibilidade de greve geral. Diversas mobilizações foram rea­lizadas nos dias próximos ao pagamento da primeira parcela do vencimento, que seria em 12 de de­zembro.

Na ocasião, a reitoria in­formou que a universi­dade fecharia 2017 com um déficit orçamentário e financeiro de R$ 231,6 milhões. Determinação judicial obrigou a Unesp a pagar os servidores, fato que ocorreu somente em fevereiro deste ano. Para o crédito nas contas, a instituição destinou todo o orçamento de 2018.

Fonte: Jornal Leia Notícias Por Flávio Fogueral – Foto Daniel de Carvalho

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