29 de junho, 2025

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Botucatu: Prefeitura nega censura a exposição com temática de gênero e diversidade

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As exposições “Homofobia fora de moda” e “Todos podem ser Frida”, programadas para ocorrerem a partir do dia 17 de janeiro, no Museu Histórico e Pedagógico Francisco Blasi, foram suspensas pela Prefeitura de Botucatu. A suspensão agitou as redes sociais e os profissionais das áreas de artes e cultura, além de militantes pelos direitos homoafetivo e gêneros, que entenderam que a administração do Prefeito Mário Pardini (PSDB) teria censurado a exposição por razões de preconceito contra a comunidade homossexual.

“Fomos informados que a Prefeitura de Botucatu mandou embalar novamente as peças e devolver para a APAA (Associação Paulista dos Amigos da Arte), cancelando as exposições. Isso é sério e triste”, manifestou-se o ex-presidente do Conselho Municipal de Cultura, Daniel de Carvalho, na rede social.

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Fernando Vasques, atual presidente do Conselho Municipal de Cultura, e outros membros, assinaram um documento repudiando o ato: “O CMC – Conselho Municipal de Cultura de Botucatu – SP repudia a censura imposta ao MuHP das exposições “Todos podem ser Frida” e “Homofobia fora de moda”, que seriam realizadas pelo MuHP – Museu Histórico e Pedagógico Francisco Blasi, cedidas gentilmente pelo Museu da Diversidade Sexual e APAA(Associação Paulista dos Amigos da Arte). A Secretaria Municipal de Cultura atua na oferta de reflexão, afeto, acolhimento das diversas visões de mundo, dentre outras funções, acolhendo todas as formas de expressões culturais, com liberdade e respeito. Não acreditamos que exista justificativa legítima para esta censura e nem para o cerceamento da liberdade de expressão cultural garantido pela constituição federal brasileira”.

 

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Curumim nega Censura

André Barbosa ‘Curumim’, Secretário de Descentralização e Participação, foi apontado por ativistas culturais como a pessoa que teria mandado a administração do Museu Histórico reembalar os quadros e devolver aos proprietários.

Curumim nega a informação de ter a administração praticado censura contra a exposição. Ele alega que o Prefeito Mário Pardini, durante uma reunião para discutir o Carnaval 2018, viu os quadros e perguntou o que seria. Explicado o assunto, o secretário de Descentralização teria ouvido o Prefeito e ocorrido o entendimento que a exposição não deveria ser realizada no Museu Histórico e deveria ser procurado outro local mais adequado ao tema. “Fui à reunião e me deparei com os quadros e entendi que é um trabalho contemporâneo e não histórico, e por isso apontamos que o local não seria adequado. Acredito que o local mais adequado seria o Museu de Arte Contemporânea e pedimos a redefinição do local”, explicou.

Curumim salientou, ainda, que não houve censura e sim mal entendido. “Foi um mal entendido, que chamaram de censura e não foi isso. Foi uma decisão administrativa. Apenas achamos que o local mais adequado para a exposição não seria o Museu Histórico”.

O Secretário negou também que seja o secretário interino de Cultura. Desde o ano passado a cidade está sem secretário, com o afastamento de Antonio Luiz Caldas Junior. “Estão dizendo que sou interino no cargo. Não sou interino e não têm essa nomeação. O Prefeito apenas me solicitou que ajudasse na organização do Carnaval deste ano”.

 

Cancelamento foi divulgado pelo Museu

Apesar de a Prefeitura ter negado a censura, a informação revelando a censura foi divulgada no Facebook do Conselho de Cultura tendo como base publicação do Muhp – Museu Histórico e Pedagógico Francisco Blasi.

Confira a nota divulgada no perfil da instituição:

“Muhp – Museu Histórico e Pedagógico Francisco Blasi (…) informa uma notícia recebida esta manhã: a exposição “Todos podem ser Frida” e “Homofobia fora de moda” foram canceladas sem justificativa oficial da pasta da Prefeitura de Botucatu até o momento. As exposições haviam sido cedidas gratuitamente e já estão em Botucatu, no Museu Histórico. Não foram desembaladas, e serão devolvidas ao Museu da Diversidade e APAA – Associação Paulista dos Amigos da Arte, entidade responsável pela Virada Cultural Paulista e outras ações culturais no Estado. A APAA – Associação Paulista dos Amigos da Arte e o Museu da Diversidade Sexual se solidarizaram com o ocorrido”.

Fonte: Jornal Leia Notícias

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