Anúncios
A prefeitura de Botucatu (SP) estima em mais de R$ 1 milhão o prejuízo do incêndio que atingiu o prédio da Secretaria de Saúde e destruiu milhares de testes da Covid-19, além de suplementos alimentares.
De acordo com o secretario de saúde, André Spadaro, o fogo queimou pelo menos 2 mil testes rápidos e 3 mil kits de coleta do teste PCR. Só em leites especiais que seriam entregues para crianças com alergia, a pasta estima prejuízo de R$ 300 mil.
Anúncios
“Tivemos prejuízos com suplementos alimentares, leites que são utilizados por crianças que têm alergia ao leite comum e a gente faz essa distribuição. Tivemos também perdas significativas em bolsas de colostomia, nós atendemos mais de 150 pessoas que utilizam essas bolsas. E também nesse local estava armazenada grande parte dos kits da coleta de PCR, o cotonete, os tubos, algo em torno de 3 mil kits”, conta o secretário.
De acordo com a prefeitura de Botucatu, no local também tinham móveis que seriam levados a novas unidades de saúde do município, equipamentos de proteção individual (EPIs), documentos, eletrodomésticos, entre outros objetos. Ninguém ficou ferido.
Anúncios
Investigação
Segundo a polícia, o incêndio começou em um vagão abandonado que fica na linha férrea atrás do imóvel municipal. A suspeita é de que usuários de drogas que utilizam os vagões atearam fogo no local para se esquentarem durante a madrugada de sábado (11).
O Corpo de Bombeiros informou que o prédio não tem alvará de funcionamento e que a estrutura velha, de madeira, pode ter colaborado para o fogo se alastrar rapidamente.
A polícia científica esteve no prédio e a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o que aconteceu. De acordo com o delegado Lourenço Talamonte Neto, o incêndio pode ter sido criminoso e, caso um suspeito seja identificado, ele poderá responder por incêndio culposo em liberdade.
“A Polícia Civil está investigando desde sábado e, assim que o fogo foi controlado, a perícia esteve no local e a gente apurou que tem muitos vagões abandonados, que ali frequentam usuários de drogas, andarilhos, e podem ter colocado fogo nesse vagão, mas não de forma intencional. Então a gente trabalha com a possibilidade de um incêndio culposo”, explica o delegado.
Em nota, a Rumo esclareceu que o vagão incendiado não é arrendado da concessionária, mas que estava apoiando as tratativas de retirada do vagão do local, junto ao DNIT.
A concessionária também informou que mantém equipes de vigilância que fazem fiscalizações nas áreas sob sua responsabilidade para tentar coibir atos como o incêndio, mas que a empresa não tem poder de polícia. Por fim, disse que está colaborando com as investigações.
Fonte: G1