25 de novembro, 2024

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Botucatu: Medicamento com “superpoderes” ajuda no tratamento de crianças com câncer no HC

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Como amenizar os efeitos de uma sessão de quimioterapia em uma criança? A pergunta inspirou a criação de uma iniciativa dos profissionais de enfermagem da Enfermaria de Pediatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB).

Com capas personalizadas contendo os nomes dos pequenos pacientes, a equipe de enfermagem insere o material por cima da máquina que realiza a quimioterapia explicando à criança que ela receberá “superpoderes” que vão auxiliar em sua recuperação.

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As capas são de EVA (Etil Vinil Acetato) e produzidas pela própria equipe da enfermagem. “A criança coloca na cabeça que aquilo não é um medicamento”, explica a enfermeira do HCFMB Cristiane Mesquita Ramos Cavalheiro.

Para os profissionais de saúde que protagonizam a ação, a medida permite criar uma conexão maior com os pacientes pediátricos. “Isso aproxima ainda mais nossa relação com o paciente”, lembra Carina Rodrigues do Nascimento.

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A iniciativa foi criada há sete anos e a percepção dos profissionais de saúde e dos próprios acompanhantes é que a medida contribui para minimizar os efeitos da medicação quimioterápica.

Impacto dos “superpoderes”

Tamires dos Santos Silva, de Piraju (SP), é mãe de José Miguel da Silva Barbosa, de sete anos. O menino deu entrada na Enfermaria de Pediatria do HCFMB no dia 7 de maio e, desde então, tem enfrentado sessões de quimioterapia.

De acordo com Tamires, a abordagem das enfermeiras com seu filho fez toda diferença para que ele pudesse receber a medicação de forma natural. “Ele não teve efeito colateral”, pontua.

Ao longo das sessões de quimioterapia, José Miguel recebia a capa de diferentes personagens, dentre eles o Homem Aranha, um de seus super-heróis preferidos.

A mãe do pequeno ressaltou que a notícia de um câncer é algo “pesado” e que iniciativas desta natureza são lúdicas para a criança, que é capaz de ficar mais alegre neste momento sensível.

“Só tenho que agradecer. Elas (enfermeiras) brincam, tornam as coisas mais leves, fazem de tudo para que o Hospital seja um lugar mais confortável”, finaliza Tamires.

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