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O Jornal Leia Notícias conversou com uma mãe de 30 anos, moradora de Botucatu, que busca justiça e a prisão do homem que abusou de suas duas filhas. A mais velha, hoje com 12 anos, foi vítima de abuso dentro da casa da avó paterna, por 5 anos, por um tio.
O nome do estuprador e das vítimas não serão revelados nesta matéria para que as crianças não sejam identificadas. O texto abaixo serve de alerta para as mães e pais. O perigo estava dentro de casa, com um tio que perante a sociedade era um exemplo de comprometimento com a igreja.
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Os abusos só foram descobertos pela mãe das crianças quando ela viu uma matéria sobre abuso na TV e explicou para a filha que ninguém poderia tocar no corpo da criança. A vítima acabou contando que há anos o tio introduzia o dedo em sua vagina e tapava a boca da criança para que ela não gritasse. Em seguida, ameaçava a sobrinha de morte.
A criança contou que a irmã, na época com dois anos, também teve o corpo tocado pelo tio, mas por conta da idade, ela não pode testemunhar os abusos na justiça, como a irmã.
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Os abusos foram confirmados e um exame ginecológico confirmou o rompimento do hímen por algo que realmente corresponde ao dedo de um homem. Não houve penetração.
A criança faz acompanhamento psicológico, toma medicação para pânico e depressão e já tentou suicídio.
Com mandado de prisão aberto por estupro de vulnerável, o tio abusador está foragido. A justiça determinou que ele fique preso até a sentença final. De acordo com a mãe, ele tem apoio de familiares e da esposa, parente de sangue das meninas, e de outros familiares que moram em Jaú.
Na justiça, além dos laudos médicos e psicológicos, a mãe conseguiu comprovar através de mensagens trocadas com o estuprador no aplicativo Messenger que ele abusava das crianças. ” Eu não tirei a pureza delas, apenas coloquei as mãos no corpo delas”, confessou.
“Ele ainda teve a coragem de dizer que a vítima era ele. Que passava as mãos no corpo dela porque havia sofrido abusos quando menor e que havia sido traído pela esposa”, disse a mãe.
Nas redes sociais, amigos e familiares das vítimas divulgaram a foto do estuprador para que ele seja localizado pela Polícia. Ele entrou na justiça com o Habeas Corpus por duas vezes, mas teve o pedido negado. A justiça entende que “o crime é gravíssimo e que a situação não lhe dá o direito de liberdade.” Mas os familiares deles alegam se tratar de “fake news”.
O Jornal Leia Notícias teve acesso ao processo e as conversas da mãe com o estuprador.
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