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Instituído como forma de inibir a circulação de pessoas pelas ruas e coibir a proliferação da Covid-19 em Botucatu, o lockdown de Páscoa teve adesão média de 49,33% da população no cálculo dos três dias de vigência do decreto promulgado pelo Prefeito Mário Pardini. Ou seja, mais de 73 mil pessoas ficaram em suas casas neste período de restrição.
Os dados constam em levantamento feito no Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI), ferramenta oficial do governo paulista e que mede o nível de isolamento em mais de 100 municípios, por meio da localização dos telefones celulares.
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No domingo, 4 de abril, a taxa de isolamento social medida foi de 52%, quando 76.960 botucatuenses respeitaram alguma das medidas restritivas. O valor ficou acima do registrado no sábado (3), com registro de adesão de 50%, onde 74 mil pessoas ficaram em suas casas. Menor índice observado ocorreu na Sexta-feira Santa (2), quando o índice apontou 46%, com 68 mil moradores respeitando o lockdown.
Nos dias de vigência do decreto municipal, somente serviços emergenciais como os voltados para a saúde tiveram permissão de funcionamento. Pessoas precisam justificar as presenças nas ruas. Setor de alimentação atendeu somente por entrega em domicílio.
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Mesmo com um dia a mais de lockdown, a média obtidas por Botucatu neste final de semana foram inferiores se comparada frente aos outros dois períodos de medidas restritivas. Na média das restrições de 52%, de 26 a 29 de março; e de 54% no período de 19 a 22 de março. No entanto, foram analisados apenas os sábados e domingos, tendo em vista que as medidas restritivas tinham vigência das 20 horas até às 6 horas das sextas-feiras e segundas-feiras, respectivamente.
A projeção apresentada leva em conta o cálculo habitacional feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que prevê 148 mil moradores em Botucatu. Os índices obtidos foram maiores do que a média estadual registrada nestes três dias, de 48,33%.
Os indicadores do SIMI são medidos pelo governo paulista em 104 cidades acima de 70 mil habitantes, por meio da análise de mobilidade dos telefones celulares. As informações são aglutinadas e anonimizadas sem desrespeitar a privacidade de cada usuário. Os dados de georreferenciamento servem para aprimorar as medidas de isolamento social para enfrentamento ao coronavírus.
Flávio Fogueral / Jornal Leia Notícias