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Um crime cometido em 19 de abril de 2015, em Botucatu, teve seu desfecho na noite da quinta-feira (5), com o julgamento do eletricista e estudante da Fatec Wini Costa Terra Santos, de 26 anos.
Wini foi julgado pela morte do entregador Luan Gustavo da Silva, de 20 anos, causada por um tiro quando os dois participavam de uma festa funk no Parque dos Pinheiros.
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Primeiramente, Wini foi iniciado por homicídio qualificado, mas a defesa conseguiu classificar o crime como lesão corporal.
Entenda do caso
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Luan morreu no dia 21 de abril de 2015 no Hospital das Clínicas da Unesp de Botucatu, após ter sido baleado dois dias antes, durante um baile funk no bairro Parque dos Pinheiros. Mesmo com ferimento no abdômen, Luan chegou sozinho a uma unidade hospitalar, onde pediu socorro.
Na época, o delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Celso Olindo, disse que mesmo ferido no abdômen, o rapaz se recusou a informar detalhes do corrido, como quem teria atirado contra ele e chegou a pedir para que a ocorrência não fosse registrada.
Segundo consta em registro da Polícia Militar (PM), Luan estava se divertindo com amigos em um baile funk, que acontecia na Rua Miro Spera, quando foi atingido com um tiro na região da barriga.
Nem a PM e nem o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionados.
Após receber os primeiros socorros, Luan foi encaminhado ao Hospital das Clínicas, onde permaneceu internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), respirando com ajuda de aparelhos. No entanto, ele não resistiu ao ferimento e morreu.
Após a morte de Luan, Wini se apresentou na Policia afirmando ser o autor do disparo que atingiu uma artéria da vítima. Ele prestou depoimento, pagou fiança e foi liberado para responder ao processo em liberdade.
Em 2016 sua prisão foi decretada e há dois anos ele aguardava pelo julgamento, preso na Cadeia Provisória de Itatinga.
A defesa apresentou a seguinte versão: Wini estava na festa mas foi embora antes da confusão entre o grupo de amigos e o grupo de Luan começar. Ele recebeu uma ligação de um amigo pedindo ajuda, pois o outro grupo estava armado. Wini acabou voltando com uma arma para a festa e disparou acidentalmente contra a vítima.
O Juri popular formado por 7 pessoas acatou a defesa e condenou Wini por lesão corporal seguida de morte.
O juiz então determinou uma pena de 4 anos em regime fechado. Como Wini já cumpriu parte da pena preso, tem o direto de permanecer solto no regime aberto.
Nas redes sociais, familiares da vítima ficaram indignados com a condenação “Que país é esse? Que justiça é essa? Aliás que injustiça é essa? O verme mata, confessa, destrói uma família e simplesmente termina de cumprir em liberdade. Sem explicação os júris só podem não ter família para absolver um verme desse e deixar cumprir o restante da pena em meio a sociedade”, lamentou a namorada do pai da vítima em seu perfil.
Fonte: Leia Notícias com informações do JCNET/ Foto Arquivo