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A contaminação na água utilizada para procedimentos de hemodiálise no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, não foi motivada por sabotagem. A afirmação foi do delegado Geraldo Franco Pires, da Delegacia sobre Investigações Gerais (DIG), setor responsável pelas investigações, que credita o incidente como erro de conduta de dois funcionários da unidade de saúde.
A apresentação preliminar do inquérito que apura a contaminação de água do setor de hemodiálise do Hospital das Clínicas foi acompanhada de perto pelo superintendente da unidade de saúde, André Balbi, e do chefe de gabinete do HCFMB, Dr. José Carlos Souza Trindade Filho.
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Segundo o superintendente (que também é nefrologista), o caso seguirá internamente com as averiguações efetivas das condutas que ocasionaram o incidente. “Agora tem uma segunda parte, com a abertura de sindicância com o que ocorreu de fato. Serão aplicadas penalidades previstas, mas isto somente na conclusão e com a certeza. A prioridade é saber as causas”, frisou Balbi.
Devido à contaminação, Balbi salientou que o hospital reforçou os protocolos de acesso de pessoal, além dos procedimentos que antecedem as sessões de hemodiálise. “Importante frisar que hoje mudamos como passamos a ver o acidente. O que antes se suspeitava como sabotagem, a polícia descartou. Agora, os trabalhos serão internos para dar mais segurança e também maior treinamento aos funcionários, de modo a evitar que mais situações como esta ocorram novamente”, disse o Superintendente.
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“O Hospital possui meios de segurança, tanto que foi evitado um mal maior, mas temos que aprimorar estes meios. Existe todo um protocolo de atendimento e investimento que o hospital promoveu para que nenhum dos nossos duzentos pacientes tenham algum tipo de risco. Hoje existe um complexo que dificulta ao máximo alguma intercorrência”, finalizou Balbi.
Sobre a Hemodiálise
O Hospital das Clínicas de Botucatu, referência regional na assistência pelo Sistema Único de Saúde (SUS), realiza diariamente mais de cem procedimentos de hemodiálise, onde uma máquina limpa e filtra o sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode fazer.
Jornal Leia Notícias por Flávio Fogueral