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Um grupo de 12 lojistas, do comércio de Botucatu, procurou a redação do Jornal Leia Notícias para denunciar um caso de estelionato praticado por uma doutoranda da Unesp de Botucatu, de 34 anos.
Na última sexta-feira (26), os lojistas procuraram a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e relataram os casos de estelionatos sofridos após venderem seus produtos para a mulher. A estelionatária foi chamada para apresentar sua versão dos fatos, mas não compareceu na Polícia Civil. Nesta segunda-feira (29), o Boletim de Ocorrência foi registrado por 6 lojistas, mas o número de vítimas pode ser ainda maior.
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Bem vestida e de boa aparência, a doutoranda passou pelas lojas agindo há certo tempo e já causou um prejuízo enorme para o comércio da cidade. De acordo com as vítimas, ela chega nas lojas e ganha a confiança do proprietário ou do funcionário. Em alguns locais, ela pagou a primeira compra a vista e, após retornar, fez compras com valores maiores e pediu para que o parcelamento fosse com cheque.
Quando o empresário apresenta o cheque no banco descobre que eles foram sustados por roubo, extravio ou desacordo comercial.
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Os cheques estão em nome da mãe da autora dos golpes e pertencem à agência do banco Itaú da Rua Amando de Barros, em Botucatu.
A primeira vítima a prestar depoimento teve um prejuízo de R$ 1.800 com venda de roupas de grife. Nas redes sociais da golpista, os comerciantes viram as fotos dela com os produtos das lojas em congressos e viagens. Em uma loja de lingerie o valor da compra foi de R$ 1.500, não pagos após os cheques serem sustados por desacordo comercial.
Duas lojistas perderam duas sacolas de produtos que a estelionatária levou em consignação para experimentar mas não devolveu.
Há também registro de compras em lojas de acessórios, semi jóias, cosméticos e produtos fitness.
A golpista chegou a conversar com as vítimas após o retorno dos cheques. Para alguns, ela afirmou “estar endividada e sem condições de pagar o valor devido”. Para outros lojistas, ela relatou que “havia sido assaltada, estava ajudando o irmão desempregado, mas que faria um acordo para pagamento.
Em todos os casos, após ser descoberta, ela apresentou endereço falso e contatos telefônicos inexistentes. Os cheques foram apresentados ao delegado do Plantão Policial e servirão de prova para o processo de estelionato.
As vítimas procuraram a imprensa para alertar os comerciantes locais e da região que fiquem atentos com as vendas de final de ano.
O banco também deverá ser investigado pela Polícia após liberar novos talões para a correntista que sustou uma grande quantidade de cheques.
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